Advogados tentam associar “excessos da Lava Jato” a investigação peruana
Grupo reúne lista de documentos, incluindo declaração em que Palocci nega ter pedido dinheiro à Odebrecht para campanha de Humala
O Grupo Prerrogativas, que reúne advogados críticos à Operação Lava Jato, levou ao Peru um conjunto de documentos que tentam estabelecer um paralelo entre as investigações ocorridas naquele país e aquelas feitas no Brasil.
A relação inclui uma declaração do ex-ministro Antonio Palocci, em que ele nega ter pedido dinheiro para abastecer a campanha do ex-presidente peruano Ollanta Humala.
O documento se contrapõe à informação difundida durante a Lava Jato de que Palocci teria pedido à Odebrecht dinheiro para abastecer o caixa eleitoral de Humala. A declaração é recente – foi assinada no último dia 28 de outubro.
O documento foi divulgado originalmente pela jornalista Mônica Bergamo e obtido também pela CNN.
A declaração foi entregue a jornalistas e advogados peruanos pelo coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, que viajou junto com o ex-ministro José Eduardo Cardozo e os advogados Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Gustavo Badaró.
“O que nós vemos é a mesma coisa que ocorreu aqui no Brasil. Temos uma espécie de Vaza-Jato peruana”, disse Carvalho.
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