Os candidatos à prefeitura de São Paulo que participam do debate da Record, na noite deste sábado, vão se deparar com um esquema diferente. Na esperança de prevenir agressões como as que marcaram os debates do Flow e da TV Cultura, a emissora fez uma série de ajustes nas suas normas internas e na orientação repassada aos candidatos.

O debate desta noite terá um número maior de seguranças, distribuídos pela área em que estarão posicionados os candidatos. A Record também teve o cuidado de trocar todos os copos de vidro que costumam ficar disponíveis aos postulantes por copos de acrílico.

As normas assinadas por todos os participantes proíbem qualquer tipo de gesto desrespeitoso, exibição de objetos ou documentos, por exemplo. Os candidatos também tiveram de se comprometer a não falarem palavrões ou usarem palavras vulgares.

Essas são algumas das atitudes que podem configurar infração às regras do debate e que serão punidas. Se um candidato desobedecer às normas, será feita inicialmente uma advertência. Se insistir, será punido com tempo de fala, podendo até perder o direito de fazer suas considerações finais. Se o candidato seguir desrespeitando as normas, ele poderá será expulso do debate na quarta infração.

A emissora deu atenção especial ao esquema de entrada e saída dos candidatos. Nesse caso, a Record está sujeita também às determinações feitas pela Justiça Eleitoral, após o marqueteiro Duda Lima conseguir uma medida protetiva contra o assessor de Pablo Marçal (PRTB) Nahuel Medina. Lima foi agredido pelo videomaker com um soco no debate da TV Cultura.

Atendendo a um recurso da equipe jurídica de Lima, liderada pelo advogado Daniel Bialski, a Justiça determinou que haja entradas e saídas distintas para os dois. Também impôs um distanciamento obrigatório de 10 metros entre eles durante o evento. Fora do debate são 300 metros. No entanto, até o fim da tarde de ontem, a lista de acompanhantes enviada pela campanha de Marçal à emissora não continha o nome de Medina.