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    Clarissa Oliveira
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    Clarissa Oliveira

    Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações, como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

    Análise: Em voo solo, Tabata tenta se vender como candidata “boa de briga”

    Deputada do PSB investe no confronto e busca ir além da “voz mansa” para se manter na disputa pela maior cidade do País

    Embalada por um discurso anticorrupção e contra o toma-lá-dá-cá, a deputada Tabata Amaral (PSB) vem tentando vestir o figurino de uma candidata boa de briga.

    Sem disfarçar a frustração com o fracasso de um acordo com o PSDB de José Luiz Datena, a deputada admite que está em voo solo. Mas procura dar ao isolamento uma roupagem diferente: a de que não tem rabo preso, nem depende de acordos.

    Quinta convidada da série de entrevistas da CNN com candidatos à Prefeitura de São Paulo, Tabata viu novatos como Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) passarem à sua frente nas pesquisas nas últimas semanas.

    Na entrevista, ela disse só ter motivos para comemorar com os levantamentos de intenção de voto, celebrando até mesmo os avanços dentro da margem de erro. Para ela, a baixa rejeição e o alto grau de desconhecimento a ajudarão a virar o jogo.

    Mas é claramente no tom do discurso que reside o foco de sua nova estratégia. Tabata investiu na tese de que sua “voz mansa” confunde os adversários.

    Ela pegou embalo principalmente nos ataques vindos de Pablo Marçal, com quem vem batendo de frente em debates e nas redes sociais. Mas a socialista reservou outra parte expressiva da sua artilharia ao prefeito Ricardo Nunes (MDB). Sobrou munição inclusive para Guilherme Boulos (PSOL), que também levou algumas alfinetadas.

    Tabata admitiu as dificuldades da disputa paulistana, mas disse estar no tal voo solo por opção. A deputada contou que de fato foi convidada pelo PSDB lá atrás para se filiar ao partido e disputar a prefeitura. Ela garantiu que recusou o convite no mesmo minuto. Tabata também negou qualquer intenção de se juntar ao governo Lula, caso saia derrotada.

    Sobre a notícia de que teria sido sondada para assumir um ministério, ela garantiu que o convite nunca existiu. Mas pode ter sido, admitiu, um balão de ensaio do governo petista.

    Tabata se recusa a falar sobre qualquer possibilidade de ficar fora do segundo turno. A deputada, inclusive, disse ter proibido todos os participantes de sua equipe de campanha de sequer conversar sobre o assunto. Principalmente com as campanhas adversários. “Aqui não vai ter acordo”, avisou.

    O que o eleitor pode e não pode levar para a urna no dia da votação?

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