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    Clarissa Oliveira
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    Clarissa Oliveira

    Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações, como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

    PIB sobe, mas não desliga ‘sinal amarelo’ na economia

    Avaliação é que fatores conjunturais deram impulso para alta de 2,9%, mas condições para crescimento sustentado ainda não estão consolidadas

    O crescimento de 2,9% no PIB anunciado nesta sexta-feira (1º) traz um alento para o governo, mas não desliga o “sinal amarelo” na economia, na avaliação de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Nos bastidores, está pacificado o entendimento de que o avanço tem a ver, em grande parte, com fatores conjunturais. E que as condições para um crescimento sustentado na economia ainda não estão consolidadas.

    A alta do PIB do ano foi puxada em grande parte pelo agronegócio, que se beneficiou de uma safra recorde no ano passado. Também contou com um bom desempenho no setor de serviços.

    Mas, com o impulso concentrado principalmente no primeiro semestre, persistiu um quadro de estagnação da economia na segunda metade do ano.

    Ao comentar os dados do PIB nesta sexta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, optou pelo discurso cauteloso. O ministro destacou um quadro de aumento da confiança na economia brasileira, mas insistiu que o governo mantém a meta de crescer 2,2% em 2024. E também destacou a importância do avanço da agenda econômica no Congresso.

    Na esfera política, por outro lado, os dados do PIB ajudam a alimentar o contraponto com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Embora o avanço da economia seja semelhante ao observado no fim do governo anterior, o crescimento de 2,9% no ano passado supera o de 1,2% no primeiro ano de Bolsonaro.

    Ontem, antes da divulgação dos dados do PIB pelo IBGE, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, já havia investido na comparação de indicadores econômicos nas redes sociais.

    Gleisi destacou que a renda média por morador nos lares brasileiros subiu 16,49% no ano passado, em comparação ao último ano de Bolsonaro.