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    Clarissa Oliveira
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    Clarissa Oliveira

    Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações, como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

    Era hora de acabar com “dividendos de startup” na Petrobras, dizem fontes do governo

    Corte dos dividendos extraordinários ajudará a garantir saúde na relação entre caixa e dívidas da empresa, de acordo com fontes ligadas à companhia

    A decisão da Petrobras de cortar a distribuição de dividendos extraordinários aos investidores foi um “ajuste necessário”, disseram à CNN fontes do governo ligadas à companhia.

    O corte está por trás da forte queda nas ações da empresa nesta sexta-feira (8). Segundo uma fonte ouvida pelo blog e que participa diretamente da tomada de decisões na empresa, já era hora de acabar com “os dividendos de startup”.

    “Quando você investe em uma startup e ela dá certo, é normal receber dividendos astronômicos. O que não é normal é investir em um negócio consolidado como a Petrobras e ter o mesmo resultado”, afirmou a fonte.

    O governo também vem reagindo nos bastidores à tese de que o resultado da companhia teria deixado a desejar. O lucro da Petrobras ficou em R$ 124 bilhões no ano passado, perdendo apenas para o resultado de 2023.

    A diferença, insistem os governistas, reflete diretamente o fato de a empresa ter vendido ativos no último ano do governo Bolsonaro, o que não se repetiu no ano passado.

    Ainda de acordo com a fonte, os recursos não serão destinados a investimentos. A ideia é que eles sejam lançados como remuneração de capital para posteriormente virar dividendo. O que o conselho decidiu, prosseguiu, foi alongar o prazo de pagamento.