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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    Rosangela Moro diz à Justiça ver “ação política” do PT contra mudança de domicílio

    Mudança é vista por adversários do senador como estratégia para que, caso ele tenha mandato cassado, ela possa concorrer para suplementar sua vaga

    A deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) classificou como “ação política” e “factóide” o processo aberto pelo PT que questiona sua mudança de domicílio eleitoral de São Paulo para Curitiba.

    A mudança é vista por adversários do senador Sergio Moro como uma estratégia para que, caso ele tenha o mandato cassado, Rosangela possa concorrer a eleição suplementar para a sua vaga. Ela contesta e apontou em petição a Juíza da 1ª Zona Eleitoral do Paraná o que considera ação política na movimentação petista.

    “Trata-se de mais uma ação política, sem fundamento legal, questionando um ato regular da vida civil, a mudança de domicílio. Quem buscou dar um colorido diverso, sugerindo não representação de eleitores; traição de um Estado todo; foi a FEDERAÇÃO RECORRENTE. Nunca a RECORRENTE sugeriu que deixaria de ser Deputada por São Paulo, Estado que tão bem a acolheu e que continua, sim, representando: mantendo escritório de representação, destinando emendas (informação anexa) e honrando cada um dos 217.170 mil votos que recebe”, diz o seu advogado na petição.

    Ela diz ainda que “houve apenas uma mudança de endereço eleitoral, sem que haja qualquer proibição, infringência ou ilegalidade procedimental”. “Cuidou-se de um procedimento absolutamente hígido, tanto que a impugnação não revela falhas nele próprio, mas apenas cria teorias, construções doutrinárias inexistentes e factoides. Como sempre. Mais uma vez”, completa.

    Rosangela afirma ainda que “jamais a RECORRIDA deixou ou deixará de representar os eleitores do Estado de São Paulo no transcurso do mandato, pois mesmo com a transferência de seu domicílio permanece com escritório de representação aberto na capital paulista, com agenda e atuação nas demais cidades daquele estado”.

    Ela ainda anexou na ação “documentos referentes à manutenção do seu escritório de representação política naquele estado, com suas faturas e funcionários à disposição dos cidadãos, bem como, por relevante, informação de que todas as emendas individuais disponíveis à RECORRIDA foram destinadas a entidades do Estado de São Paulo, num total de R$ 37.870.103,00 (trinta e sete milhões, oitocentos e setenta mil, cento e três reais)”

    Eleita por São Paulo, a deputada mudou seu domicílio eleitoral no dia 26 de fevereiro para Curitiba. A Justiça Eleitoral do Paraná deferiu a mudança, mas o PT contestou alegando “impossibilidade de deferimento do pedido de transferência ora recorrido, pois, atualmente, a postulante encontra-se vinculada ao domicílio eleitoral paulista em razão do cargo eletivo que os cidadãos e cidadãs do Estado de São Paulo lhe confiaram.”

    O PT diz ainda que a transferência sugere violação dos “princípios da soberania popular e da fidedignidade da representação política” e que não é possível “que uma representante do estado de São Paulo possa fixar seu domicílio eleitoral em outra unidade da federação durante o curso do mandato”.