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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    Relações construídas no governo Lula pavimentam aprovação tranquila de Galípolo

    Senadores apontam não ver reação ao nome do atual diretor de política monetária do Banco Central

    A rede de relacionamentos construídas por Gabriel Galípolo ao longo do governo Lula deverão pavimentar uma aprovação tranquila de seu nome pelo Senado para a presidência do Banco Central.

    “Ele se dá bem com todo mundo aqui”, disse à CNN o senador Angelo Coronel (PT-BA), um dos que irão sabatiná-lo na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

    “É competente, é capaz. Não vejo reação ao nome dele”, disse à CNN o líder do PSD, Otto Alencar (BA), que lidera a maior bancada da casa.

    Até mesmo a oposição na casa, um grupo minoritário com cerca de 30 dos 81 votos, não parece ver muita dificuldade.

    “A questão é saber se ele, próximo ao Lula, conseguirá conduzir o Banco Central com independência. Seria melhor alguém sobre o qual não houvesse tal dúvida”, disse à CNN o senador Sergio Moro (Podemos-PR).

    Rogerio Marinho (PSD-RN), disse apenas torcer “para que ele continue o excelente trabalho do Roberto Campos e não ceda aos arroubos do PT para repetir Tombini. Uma alusão a Alexandre Tombini, o presidente do Banco Central da era Dilma Rousseff.

    A segurança de sua aprovação é atribuída nos bastidores à trajetória de Galípolo nos últimos meses.

    Secretário-executivo do Ministério da Fazenda de Fernando Haddad de 1 de janeiro de 2023 até 20 de junho de 2023, aproximou-se da política e ajudou Fernando Haddad a elaborar o novo marco fiscal.

    No dia 7 de fevereiro de 2023, por exemplo, reuniu-se com um grupo de oito senadores influentes como o líder do MDB, Eduardo Braga (AM). No dia 15 de junho, esteve com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em uma reunião de líderes da casa. No período também esteve com deputados, prefeitos, governadores.

    Os laços com a política, porém, são antigos. No passado, trabalhou na Secretaria Estadual de Economia e Planejamento quando José Serra era governador de São Paulo. É próximo também a Luiz Gonzaga Beluzzo, um dos economistas ligados ao PT.

    Ele aproximou-se de Lula depois de ter participado de uma live com o ex-presidente em 2021 com outros integrantes do mercado financeiro.

    Segundo fontes do PT, na ocasião Lula gostou de ouvir dele que nem todo o mercado é contrário ao ex-presidente e alinhado ideologicamente ao presidente Jair Bolsonaro, mas que que os profissionais que atuam nesse meio querem fazer negócios, independentemente da linha política do ocupante do palácio do Planalto.

    Desde então, tem sido um conselheiro informal de Lula, Gleisi e também do ex-prefeito Fernando Haddad.

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