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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    PF apura se Bolsonaro mandou comandantes publicarem nota sobre acampamentos

    Tema foi abordado pelos investigadores nos depoimentos a generais que foram tornados públicos nesta sexta-feira pelo ministro Alexandre de Moraes

    A Polícia Federal apura se a nota “Às instituições e ao povo brasileiro”, assinada pelos três comandantes das Forças Armadas, no dia 11 de novembro de 2022, foi feita a pedido do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

    A informação foi confirmada à CNN por fontes do órgão.

    O tema foi abordado pelos investigadores nos depoimentos a generais que foram tornados públicos nesta sexta-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os depoimentos foram obtidos antecipadamente pela analista de política da CNN Jussara Soares e pela repórter Gabriela Prado.

    Ao general Estevam Teophilo foi feita a pergunta se: “a referida nota atendeu à orientação do então presidente Jair Bolsonaro”.

    Teophilo disse que “não sabe informar”. Questionado se concorda, declarou que “não cabe julgar o que foi escrito pelos comandantes”.

    A nota volta a aparecer nos questionamentos a outro general, o então comandante general Marco Antônio Freire Gomes.

    A PF mostra a Freire Gomes um áudio do tenente-coronel Mauro Cid na qual ele elogia a nota conjunta divulgada pelos então três comandantes das Forças Armadas na qual ele “comenta a importância do documento para a manutenção e intensificação dos movimentos em frente aos quartéis e o deslocamento para o Congresso, STF e praça dos Três Poderes”.

    A PF então questiona Freire Gomes se a nota tinha objetivo de respaldar o movimento em frente aos quartéis, a que ele responde que não e que “tal interpretação foi feita de forma equivocada” e que “o objetivo era demonstrar que as manifestações não deveriam ocorrer em frente as instalações militares e sim no âmbito do Poder Legislativo”.