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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    Nunes planeja exército de coordenadores e candidatos a vereadores para enfrentar Boulos

    Organização da estratégia está sendo capitaneada pelo comando da campanha em São Paulo, liderado pelo presidente do MDB-SP, Enrico Misasi

    O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), planeja um “exército” de candidatos a vereadores distribuídos por todos os distritos de São Paulo para enfrentar a capilaridade do PT na capital paulista, segundo fontes.

    Como cada partido da coalizão pode ter 56 candidatos em São Paulo, a conta que vem sendo feita é de que com doze partidos assegurados na aliança, Nunes deverá ter 672 candidatos a vereador. Boulos, que deve ter quatro partidos, deve ter 224. Tabata por enquanto tem apenas o PSB na chapa e por ora terá apenas 56 candidatos.

    A organização da estratégia está sendo capitaneada pelo comando da campanha em São Paulo, liderado pelo presidente do MDB-SP, Enrico Misasi. O mês de março é crucial, pois é quando está aberta a janela para trocas partidárias.

    Na semana passada, por exemplo, houve um ato de filiação de Paulo Frange, um dos vereadores mais experientes de São Paulo. Ele deixou o PTB e se filiou ao MDB.

    Junto com o ato houve a filiação de 500 militantes ao partido. Mais seis vereadores no mandato estão na lista de possíveis filiações ao partido neste mês.

    Com isso, Nunes pretende enfrentar a capilaridade do PT na capital paulista, muito bem estruturada em todas as regiões da cidade. A campanha da prefeitura organiza uma coordenação de campanha em cada distrito da cidade. Cada uma das 32 subprefeituras tem três distritos. Logo, o plano é ter 96 coordenadores pela cidade.

    A leitura é que, enquanto 2023 foi o ano para consolidar Nunes como candidato, a ideia em 2024 é organizar a campanha e acelerar as entregas.

    Em 2020 a cidade tinha R$ 4 bilhões no caixa para investir, número que saltou para R$ 16 bilhões em 2024. Há previsão de entregas neste semestre de hospitais, UPAs e obras, além do avanço do recapeamento de ruas e avenidas, agora entrando mais nas áreas mais periféricas.

    O prefeito pretende se apresentar como um candidato de frente ampla, o que explica a proximidade com Aldo Rebelo e a presença do Solidariedade de Paulinho da Força na chapa. Ambos são personagens à esquerda do espectro político.

    Não há pressa na campanha para a escolha do vice. Aldo é, sim, cotado, mas a aliados de Nunes relataram à CNN que para ele sair ele precisaria deixar a secretaria que ocupa na prefeitura neste mês, o que pode atrapalhar as articulações políticas e antecipar por demais algo que pode ser definido apenas em junho.

    Isso porque a coordenação da campanha pretende que o vice seja alguém que represente a frente ampla de partidos da coalizão, o que demanda uma construção política que evite criar arestas. Nesse sentido, é preciso que o nome agrade de Jair Bolsonaro a Gilberto Kassab.