Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Caio Junqueira
    Blog

    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    Equipe econômica diz mirar corte universal em todos os ministérios

    Segundo interlocutores, será feita uma análise do orçamento de todas as pastas para anunciar onde ocorrerão os cortes

    Interlocutores da equipe econômica relataram à CNN terem saído da reunião ocorrida na tarde de quinta-feira (18) com aval do presidente Lula para cortar despesas em todos os ministérios.

    Nesse sentido, não haveria restrições a pastas sociais como educação e saúde, tampouco a Defesa, cujo ministro, José Múcio Monteiro, deu declarações recentes dizendo ter garantia de que sua pasta não seria afetada.

    Assim, de hoje até segunda-feira (22), o trabalho da equipe econômica será analisar o orçamento de todas as pastas para anunciar onde ocorrerão os cortes.

    O pedido do presidente foi apenas de que as pastas com menor orçamento não sejam sacrificadas com grandes cortes e que políticas públicas relevantes sejam preservadas.

    A estimativa é de que o relatório bimestral de receitas e despesas a ser apresentado na segunda-feira tenha uma estimativa de déficit superior a R$ 32 bilhões.

    A percepção é que Lula foi convencido, principalmente pela chamada ala econômica – Fernando Haddad e Simone Tebet -, de que o problema não é a meta fiscal, mas o crescimento exponencial das despesas correntes.

    Há o sentimento de que essa ala terá aval político do presidente para finalmente iniciar um processo de revisão de gastos, antiga demanda da dupla.

    Também se entendeu que a questão toda, mais do que de linhas de pensamento econômico – a dualidade entre uma fiscalista ala econômica e uma expansionista ala política – trata-se fundamentalmente de uma questão legal. E que os integrantes da ala política presentes no encontro, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, concordaram com essa premissa.

    Costa aliás e seus aliados desse grupo dentro do governo pouco falaram na reunião, que foi conduzida principalmente por Haddad e Tebet. A reunião, dizem fontes ligadas aos ministros, foi tranquila e sem grandes embates como outras que já ocorreram com as duas alas presentes diante de Lula.

    Tópicos