Comissão de Ética Pública convoca reunião de emergência e analisa o caso de Silvio Almeida hoje
Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania é alvo de denúncias de assédio sexual
A Comissão de Ética Pública convocou seus integrantes para uma reunião de emergência para analisar as denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, é apontada como uma das denunciantes.
A reunião foi convocada para ocorrer na manhã desta sexta-feira (6) e dela pode sair a recomendação de afastamento do ministro. Há possibilidade também de que a reunião apenas intime Almeida a se manifestar, dando início formal ao procedimento de apuração administrativa.
Ainda assim, o sinal é de que o governo busca um embasamento jurídico para o caso e tem pressa em resolvê-lo.
A Comissão de Ética Pública atua como instância consultiva do presidente e ministros em matéria de ética pública e é responsável por administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal (CCAAF). A Comissão costuma se reunir uma vez por mês. A próxima reunião estava agendada para o dia 23 de setembro.
A ideia é que o governo se baseie na posição do colegiado para tomar uma decisão sobre o que fazer sobre o caso.
Isso porque a despeito da gravidade das denúncias, Almeida tem resistido e apontado que se tratam de calúnias contra que teriam por base interesses contrariados.
A pressão para que ele se afaste cresce no governo e já era defendida por interlocutores do presidente desde a quinta-feira à noite, horas após o portal “Metrópoles” noticiar o caso.
Como a CNN mostrou, o presidente planeja, porém, ouvir a própria Anielle antes de tomar uma decisão.
Mas a avaliação no governo é de que um parecer da Comissão ajudaria a dar sustentação jurídica a um afastamento ou a uma demissão, ainda que Almeida aponte que as acusações são infundadas.