Adversários mantêm candidatura e sucessão de Lira segue indefinida
Marcos Pereira desistiu de concorrer à presidência da Câmara e decidiu apoiar Hugo Motta
No dia seguinte à desistência do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) de concorrer à presidência da Câmara e apoiar Hugo Motta (Republicanos -PB), outros postulantes mantiveram suas candidaturas e a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) segue indefinida.
O presidente da Câmara pretendia, com a saída de Pereira, convencer o líder do PSD, Antonio Brito (BA), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), a também desistirem, mas eles resistem.
A conversa entre Elmar e Lira ocorreu ontem à noite, sem um desfecho. Os relatos são de uma insatisfação grande no União Brasil com uma possível retirada de seu nome da disputa tendo em vista que, segundo deputados, muitas concessões foram feitas pela bancada em troca do apoio de Lira a Elmar. Em especial, espaços nas comissões permanentes.
Brito por sua vez também disse a interlocutores que não desistiria, ao menos nesse primeiro momento. Ele se deslocou a São Paulo nesta quarta-feira para conversar com o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Também segundo relatos, o dirigente o orientou a manter a candidatura.
No entorno de Lira, a avaliação é de que as chances de ambos emplacarem suas candidaturas sem o apoio do presidente da Câmara são muito poucas.
E ficariam ainda mais difíceis sem outros players neste xadrez, como o presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ambos veem com simpatia a candidatura de Motta.
Logo, a percepção na cúpula da Câmara é de que haverá uma acomodação a ideia de Motta que evoluirá para uma candidatura de consenso em torno de seu nome.
O que o eleitor pode e não pode levar para a urna no dia da votação?