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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    Análise: Governos não se prepararam para queimadas

    Lula assumiu o cargo com o discurso ambiental como uma de suas bandeiras, especialmente após criticar as queimadas durante o governo Bolsonaro

    As reações das autoridades às queimadas são semelhantes: reuniões de emergência, gabinetes de crise, sobrevoos e entrevistas coletivas.

    Isso ocorre em uma situação que já era prevista — e até evitável. Afinal, a era dos extremos climáticos é uma realidade bem estabelecida no país e no mundo.

    No Brasil, os dados oficiais mostram que, só neste ano, houve quase 105 mil focos de incêndio, um número 75% maior do que em 2023, o primeiro ano do governo Lula.

    Lula assumiu o cargo com o discurso ambiental como uma de suas bandeiras, especialmente após criticar as queimadas durante o governo Bolsonaro.

    Sem poder mais culpar o antecessor, a principal aposta de Brasília é que os incêndios foram causados por criminosos.

    Isso representa uma leve diferença em relação à linha adotada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que admite a possibilidade de incêndios criminosos, mas não acredita em ações articuladas e elege o clima como o grande responsável.

    Enquanto as apurações avançam, o que fica claro é que ainda estamos aquém do preparo necessário para enfrentar essas situações.

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