O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não liberou aos partidos políticos os recursos do fundão eleitoral, o que faz com que tesoureiros com que a CNN conversou temam que as campanhas comecem oficialmente nesta quinta-feira sem caixa suficiente.

As informações sobre liberação de recursos constam no próprio site do TSE, onde é possível ver que praticamente todas as legendas já entraram com o processo de liberação.

Segundo fontes da corte, os processos ainda não haviam sido despachados, o que deveria retardar a liberação dos recursos.

Isso porque a estimativa é que a partir do despacho, o dinheiro demore efetivamente alguns dias para chegar até as contas dos partidos. A liberação começa com uma autorização pela presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, segue para a Diretoria-Geral, que em seguida a encaminha para a Secretaria de Orçamento criar uma Ordem bancária e creditar na conta do partido. Calcula-se na corte que esse trajeto demore por volta de quatro dias.

O valor total do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como “fundão”, é de R$ 4,9 bilhões.

O PL receberá o maior valor, com mais de R$ 886,8 milhões.

Em seguida, estão o PT, com R$ 619 milhões; o União Brasil, com R$ 536,5 milhões; o PSD, R$ 420,9 milhões; o PP, com aproximadamente R$ 417 milhões; o MDB, com R$ 404 milhões; e o Republicanos, com R$ 343,9 milhões.

Juntas, essas sete legendas respondem por cerca de R$ 7 em cada R$ 10 distribuídos.

O Novo, que era o único partido que havia renunciado ao mecanismo de financiamento público de campanha, vai passar a usar os recursos a partir deste pleito. O partido tem direito a cerca de R$ 37 milhões.

O valor foi distribuído entre os 29 partidos políticos registrados no TSE com base em critérios específicos. Os cálculos da distribuição do fundo consideraram os candidatos eleitos nas eleições gerais de 2022.

A CNN procurou a assessoria do TSE, que não se manifestou sobre o assunto.

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