Em ação na Justiça, Marçal diz que cadeirada foi “selvageria premeditada”
Empresário entrou com ação para impedir que José Luiz Datena participasse desta terça-feira
O pré-candidato a Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, disse – em ação apresentada na noite de segunda-feira (16) – que a cadeirada de José Luiz Datena foi um ato de “selvageria” e que foi “premeditada”.
“Nitidamente, o ato foi premeditado. Ninguém, em sã consciência, no meio de um debate eleitoral, arremessa uma cadeira contra um adversário político (a centímetros de distância), sem a intenção de machucá-lo profundamente. Fosse outra intenção, teria o representado externado sua selvageria de outra forma”, disse.
Como mostrou a CNN, a ação foi apresentada para impedir que Datena participasse do debate. Ou pelo menos que, se participasse, o fizesse de forma remota.
A defesa justifica o pedido, apresentando risco à ordem pública e à integridade de Marçal.
“Aquele que não se arrepende, num Estado Democrático de Direito, de desferir uma cadeirada em rede nacional em um adversário político, não detém controle emocional para participar de novos debates dessa natureza. Não se está, de modo algum, buscando coibir o postulante ao cargo de realizar sua vasta propaganda eleitoral nos meios de comunicação, impressão de materiais, etc., mas, sim, evitar que condutas selvagens e primitivas, como a da noite do último domingo, se repitam”, diz a ação.
Os advogados cobram que a Justiça Eleitoral, “no exercício de seu poder de polícia e do poder geral de cautela, reflita sobre a criação de métodos para coibir novas agressões dessa magnitude”.
“Ora, Excelência, o representado não trocou empurrões com o representante. O representado não desferiu um golpe com os próprios punhos contra o representante. O representado pegou uma cadeira, em rede nacional, e agrediu o representante em um ato primitivo e de extrema selvageria. Para além das agressões e dos respectivos efeitos causados, salta aos olhos a reação do próprio representado ao se manifestar sobre o ato, afirmando, com todas as letras, que ‘de forma alguma’ se arrependeu e que esperava, ‘também, ter lavado a alma de milhões de pessoas'”, conclui a ação.
Procurada, a assessoria de Datena não se manifestou.
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