Aliados lideram rejeição a MP da compensação da desoneração
Partidos com ministérios relevantes no governo Lula apresentaram mais emendas do que o partido oficial de oposição, o PL
Parlamentares de partidos com amplo espaço na Esplanada dos Ministérios lideram a rejeição a medida provisória (MP) 1.227, que taxa exportações como forma de compensar a manutenção da desoneração da folha de 17 setores.
A MP foi publicada na semana passada e colocou praticamente todo o setor produtivo e frentes parlamentares do Congresso contra ela.
Esse sentimento é verificado pelas emendas que foram apresentadas desde que ela começou a tramitar no Congresso, na quarta-feira (12).
Integrantes do União Brasil, que MDB, por exemplo, cada um com três ministérios, apresentaram emendas que suprimem trechos da MP e, na prática, a tornam sem efeito.
Só o deputado Lucio Mosquini (MDB-RO) apresentou onze emendas supressivas. Do União, Maurício Carvalho (RO) apresentou duas emendas supressivas.
O União Brasil comanda ministérios de peso como Turismo (Celso Sabino), Comunicações (Juscelino Filho) e Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes).
Já o MDB tem Transportes (Renan Filho), Planejamento (Simone Tebet) e Cidades (Jader Filho).
Outros partidos com espaço privilegiado na Esplanada também apresentaram emendas para suprimir trechos da MP. É o caso do Republicanos, que tem o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o PP, que comanda o Ministério dos Esportes, com André Fucuca.
Somados, todos esses partidos com ministérios relevantes no governo Lula acabaram apresentando mais emendas do que o partido oficial de oposição, o PL.
Das 42 emendas apresentadas até a manhã desta segunda, dez eram do PL e todo o restante de partidos com ministérios.