Carro flex precisa alternar combustível?
Especialista esclarece dúvidas sobre o funcionamento desses veículos, desmistificando crenças populares sobre vício em determinado combustível
O carro flex, uma inovação brasileira que completou 20 anos em 2023, ainda é alvo de muitos mitos e desinformação. Um dos mais persistentes é a crença de que o veículo pode viciar em um tipo específico de combustível, seja etanol ou gasolina.
Segundo especialistas, essa ideia não tem fundamento. O sistema flex foi projetado para funcionar com qualquer mistura de etanol e gasolina, permitindo ao motorista alternar entre os combustíveis conforme sua preferência ou vantagem econômica do momento.
Como funciona o sistema flex?
O motor flex é equipado com sensores que detectam automaticamente o tipo de combustível utilizado. Esses sensores, conhecidos como sonda lambda, estão localizados no sistema de escapamento ou na linha de combustível.
Eles informam à central eletrônica do veículo sobre a composição do combustível, permitindo ajustes em tempo real para otimizar o desempenho do motor.
Esta tecnologia permite que o proprietário abasteça com etanol, gasolina ou qualquer mistura entre os dois, sem necessidade de adaptações ou preocupações com vício do motor.
A flexibilidade é justamente a principal vantagem desse sistema.
Desmistificando o vício do motor
A crença de que um carro flex pode viciar em um tipo de combustível após uso prolongado é completamente infundada.
O veículo está preparado para receber diferentes tipos de combustível a qualquer momento, independentemente do que foi utilizado anteriormente.
Se um carro flex apresenta problemas ao mudar de combustível após um longo período, isso é indicativo de algum defeito no sistema, possivelmente nos sensores, e não um vício do motor.
Nesses casos, é recomendável procurar um mecânico especializado para diagnóstico e reparo.
É importante que os proprietários de veículos flex entendam corretamente o funcionamento deste sistema para aproveitar ao máximo suas vantagens. A liberdade de escolha entre etanol e gasolina, baseada em fatores como preço e desempenho, é o principal benefício desta tecnologia desenvolvida no Brasil e que se tornou referência mundial em alternativas de combustíveis para automóveis.