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    Basília Rodrigues
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    Basília Rodrigues

    Apura e explica. Adora Jornalismo e Direito. Vencedora do Troféu Mulher Imprensa e prêmios Especialistas, Na Telinha e profissionais negros mais admirados

    Cármen Lúcia, presidente do TSE: agora o inimigo é outro

    Entre a primeira e a nova gestão da ministra na presidência do Tribunal Superior Eleitoral sugiram novos perigos contra o resultado justo de uma eleição no Brasil

    Entre a primeira e a nova gestão de Cármen Lúcia, na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sugiram novos perigos contra o resultado justo de uma eleição no Brasil.

    Em 2012, na primeira vez que o TSE foi presidido pela ministra, a principal preocupação da justiça eleitoral no Brasil era com eleições livres de compra e venda de voto. A campanha do Tribunal Superior Eleitoral dizia: Eleições 2012 – voto limpo.

    Naquele ano também, a maior novidade era a aplicação de regras da lei da Ficha Limpa, aprovada pelo Congresso em 2010. As eleições 2012 foram as primeiras a decidir quem era candidato ficha suja e quem não era.

    Naquela época, havia um ceticismo no ar, se a lei realmente iria pegar. Acabou dando certo. No próprio 2012, o TSE impediu que pelo menos 868 candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador se candidatassem.

    Segundo dados do tribunal, naquele ano, dos 7.781 processos sobre registros de candidatura relativos às Eleições de 2012 que chegaram ao TSE, 3.366 tratavam da aplicação da Lei da Ficha Limpa, o que corresponde a 43% do total.

    Agora, o maior desafio da justiça eleitoral é enfrentar o ódio e a desinformação, que tanto prejudicam a tomada de decisão no dia a dia das pessoas, e também no voto.

    Talvez uma forma moderna de compra de voto, em que uma mentira (ou muitas) é capaz de capturar o destino do voto. Não é exatamente a troca material por dinheiro ou benesses, mas a troca do voto por uma mentira vendida como verdade.

    Junto com a gestão de Cármn Lúcia virão a gestão sobre as eleições de 2024, e as novas regras para o pleito de 2026, quando o Brasil define presidente da República.

    No discurso de posse, nesta segunda-feira, a ministra afirmou que irá combater o “algoritmo do ódio”. Apesar de valores tão subjetivos, os efeitos são palpáveis. Afinal de contas, que tipo de futuro queremos? O da verdade que enfrenta problemas reais, ou da mentira?