Após reação, Planalto diz que fala de Lula sobre “choro” não era para Corina
Na quarta-feira (6), ao comentar as eleições na Venezuela, presidente brasileiro afirmou que em 2018 não ficou "chorando" ao ser impedido de disputar eleições
Após provocar reação da candidata de oposição a Nicolás Maduro na Venezuela, o Palácio do Planalto negou que o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PF) fosse direcionado a Maria Corina Machado.
Nesta quarta-feira (6), ao comentar as eleições no país vizinho, Lula afirmou que em 2018 não ficou “chorando” ao ser impedido de disputar eleições.
A repercussão foi quase imediata. Maria Corina, que está impedida de concorrer contra Maduro, rebateu o petista.
“Eu chorando? O senhor diz porque sou mulher? O senhor não me conhece. Estou lutando para fazer valer o direito de milhões de venezuelanos que votaram por mim nas primárias e os milhões que têm direito de votar em umas eleições presidenciais livres nas quais derrotarei o Maduro”, escreveu Corina no X (antigo Twitter).
O Planalto, no entanto, afirmou que o presidente não se referia a ninguém em específico, mas, sim, a ele mesmo.
“O presidente não fez afirmação sobre ninguém especificamente. Ele não disse que ninguém ficou chorando. Apenas que ele não chorou, relatando a situação que ele próprio viveu. O presidente Lula apoiou a primeira presidenta mulher Brasileira, Dilma Roussef em 2010, então o comentário mostra que ela não conhece o presidente e faz uma ilação sem base”, diz mensagem enviada à imprensa.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela marcou eleições para 28 de julho, mesma data do aniversário de Hugo Chavez. O governo de Maduro nega interferência arbitrária na disputa, enquanto opositores alegam sofrer sanções.