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    Basília Rodrigues
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    Basília Rodrigues

    Apura e explica. Adora Jornalismo e Direito. Vencedora do Troféu Mulher Imprensa e prêmios Especialistas, Na Telinha e profissionais negros mais admirados

    Análise: Para onde irão as vaias das centrais sindicais no Dia do Trabalho?

    Presidente Lula participará de ato na Neo Química Arena, estádio do Corinthians, em Itaquera, na capital paulista

    O ato pelo Dia do Trabalho (1º de maio) São Paulo, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve ser marcado por comemorações, mas também críticas das centrais sindicais por decisões ou recuos do governo.

    “O convite não impede a vaia, a crítica, na fala dos oradores. Não é porque foi convidado que não vai ser criticado”, afirmou à CNN o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

    “É um evento nacional, está sendo realizado em várias cidades do país, com as mesmas bandeiras, debate sobre as questões econômicas, como geração de empregos de qualidade, não basta apenas regulamentar aplicativos”, completou Juruna, em alusão a um dos projetos do governo.

    Para o líder sindical, mesmo com a mudança de governo, os sindicatos não recuperaram sua força.

    “Valorizar sindicato para ter força de negociar. Tem certas questões que foram cortadas no governo Bolsonaro e Temer que permanecem, esse é um debate nacional. A medida que tira algo da lei, precisa fortalecer as negociações coletivas e pra isso precisa de sindicato forte. No Brasil, sindicato representa a todos e não só os associados. Se ganha, ganha pra todos”, afirmou.

    As centrais sindicais não têm posição política uniforme e divergem também sobre algumas críticas contra o governo. O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse à CNN que o governo precisa investir mais na capacitação de trabalhadores. Ele criticou o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da desoneração da folha de pagamento e da questão previdenciária da contagem da vida toda.

    “Vou comentar sobre a desoneração, acho que foi um equívoco, depois de tantas idas e vindas, o governo ter ido ao Supremo. Esses setores têm pessoas que podem perder seus empregos. Não podemos ter insegurança jurídica”, afirmou.

    Apesar da ameaça de outros colegas sindicalistas, Patah acha improvável um cenário de vaias diretamente a Lula. A organização do evento também convidou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mas até o fechamento deste texto, ele não havia confirmado participação.

    Entre os ministros, confirmaram a ida Luiz Marinho (Trabalho), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência), Cida Gonçalves (Mulher) e Aloízio Mercadante (BNDES), de acordo com os organizadores.

    Como a CNN divulgou, o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), foram convidados, agradeceram, mas avisaram que não irão. “Ano passado também não foi. Sabem que com o público que está lá, ia ser uma vai só”, afirmou Patah à CNN.

    Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também foram chamados, mas não irão.