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    Basília Rodrigues
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    Basília Rodrigues

    Apura e explica. Adora Jornalismo e Direito. Vencedora do Troféu Mulher Imprensa e prêmios Especialistas, Na Telinha e profissionais negros mais admirados

    Análise: Nísia abandona versão light, ativa “modo pistola” e reage a críticas

    Além de falas públicas em tom mais incisivo, ministra prepara roteiro de viagens para trazer mais visibilidade para pasta

    A ministra da Saúde, Nísia Trindade, mudou da versão light e ativou o “modo pistola”, em pouco tempo, depois de receber críticas dentro e fora do governo. Além de falas públicas, em tom mais incisivo, ela prepara um roteiro de viagens para dar mais visibilidade às ações da pasta, como o Mais Médicos.

    Já está prevista ida ao Rio de Janeiro, onde irá acompanhar a visita do presidente da França, Emanuel Macron, na próxima semana. A ministra também irá a São Paulo, onde fica o Complexo Econômico-Industrial da Saúde, responsável por desenvolver terapia celular contra o câncer.

    Depois de ouvir cobranças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e virar o assunto principal da reunião, de segunda-feira, do governo com todos os ministros, Nísia fez demissões na pasta, ampliou agenda de entrevistas e de viagens.

    Assim como fez no início de 2023, novamente o presidente reafirmou que Nísia continuará ministra porque tem a confiança dele. Mas, desta vez, para que o governo não mude o comando da pasta, é Nísia que precisará mudar.

    A ministra, que é socióloga de formação, tem dito que antes era criticada por não ser médica, e que agora é acusada de ser técnica demais e pouco política.

    Em nova versão, a forma mais direta de rebater a onda de críticas ficou nítida, em entrevista exclusiva concedida nesta quinta-feira (21) à CNN. A ministra não polarizou com o centrão, ressaltou a importância de pagar emendas parlamentares para projetos públicos na Saúde, e destacou que a relação entre governo e Congresso não pode ser abordada de uma maneira “superficial”.

    Ainda é cedo, ou talvez nunca dará, para Brasília dizer que a ministra é mais política do que técnica. Mas, como quem sentiu a pressão e está decidida a mudar o jogo, Nísia dá demonstrações de que vai brigar contra a pecha de “fraca” ou de quem “não sabe falar grosso”.