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    Basília Rodrigues
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    Basília Rodrigues

    Apura e explica. Adora Jornalismo e Direito. Vencedora do Troféu Mulher Imprensa e prêmios Especialistas, Na Telinha e profissionais negros mais admirados

    Análise: Brasil quer manter relação com Venezuela sem reconhecer eleição de Maduro

    Pressão para que o Brasil se posicione completou uma semana e deve seguir por mais tempo em banho-maria

    O governo brasileiro busca caminhos para manter relação com a Venezuela, mesmo sem manifestar posição sobre a reeleição do presidente Nicolás Maduro. A pressão para que o Brasil se posicione completou uma semana e deve seguir por mais tempo em banho-maria.

    Integrantes da diplomacia brasileira ouvidos pela CNN avaliam que a prioridade é reconhecer a legitimidade de estados e países, não necessariamente de governos.

    Dessa forma, o Brasil acredita que conseguirá seguir em diálogo com a Venezuela ao mesmo tempo em que evita entrar no vespeiro criado em torno de um eventual reconhecimento da vitória de Maduro.

    A maior preocupação é não contribuir com o isolamento da Venezuela. Na visão da diplomacia brasileira, isso poderia gerar repercussões negativas para todo continente.

    Auxiliares do presidente Lula têm dito, sob reserva, que o Brasil não pode colocar a Venezuela à beira de uma guerra civil, nem admitir que o país vizinho viva em situação de rompimento com o mundo.

    Se de um lado, o Brasil não quer romper com a Venezuela, do outro segue sem resposta à pressão sobre a defesa de eleições limpas e democráticas no país vizinho.

    Em entrevista à CNN, o assessor para assuntos internacionais da presidência, Celso Amorim, destacou a possibilidade de recriar iniciativa aos moldes do “Grupo de Amigos da Venezuela” que, em 2003, durante primeiro mandato de Lula, reuniu países para mediar o diálogo entre o governo e a oposição da Venezuela.

    Mais de vinte anos depois, Brasil, México e Colômbia têm ensaiado um novo agrupamento com o mesmo intuito. Mas agora em um contexto de maior desvantagem para o grupo chavista, com exposição de violações e suspeita de fraudes eleitorais.

    A crise está no quintal do Brasil e isso preocupa o Planalto e o Itamaraty. Invariavelmente, há repercussões. Auxiliares do governo chegam a dizer que não se trata de algo entre a Coreia do Norte e Coreia do Sul, em que as respostas brasileiras poderiam ser mais fáceis.

    Ao se deparar com o problema ao lado, o Brasil entende que, geopoliticamente, o nosso país será muito afetado.

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