A cúpula do PT elencou três capitais como prioridade neste segundo turno das eleições: São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza.

O objetivo é convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a entrar de maneira mais enfática nas campanhas nessas cidades, em uma reação antibolsonarista, na avaliação de petistas, e fundamental para garantir votos em 2026.

Dessas cidades, o PT tem candidato apenas em Fortaleza. Nos outros casos, apoia nomes de outros partidos, no chamado “campo democrático”, como batizou as legendas que lançaram candidatos em cidades em que o PT abriu mão de concorrer para dar apoio a aliados.

Em São Paulo, Lula deve fazer mais campanha para Guilherme Boulos, candidato do PSOL que disputa preferência do eleitor contra o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Lula, que vota na região metropolitana de São Paulo, chegou a encontrar Boulos neste domingo (6). Horas antes do pleito, eles também fizeram uma transmissão de vídeo juntos. Mas a presença de Lula ao longo da campanha foi menos evidente do que projetado pelo PT.

Em Belo Horizonte, a disputa é entre o candidato bolsonarista Bruno Engler contra Fuad Noman, do PSD. O PT tem preocupação com a capital na disputa pelo eleitorado em Minas Gerais, considerado o colégio eleitoral que mais se assemelha com o perfil de voto nacional. A eleição de Engler poderia impactar no avanço do sentimento antipetista.

Em Fortaleza, o petista Evandro Leilão trava disputa contra o deputado federal, André Fernandes (PL), que tem apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. A capital reproduz a polarização PT-PL, que marcou as eleições de 2022. Mais uma vez, Lula e Bolsonaro deverão disputar voto a voto no local.

O PT aparece ainda com candidatos próprios na disputa de segundo turno em Porto Alegre (RS), Cuiabá (MT) e Natal (RN). Estes casos, porém, são considerados mais difíceis quanto à disputa de voto.