Análise: Por que vitória de Nunes dá força a Tarcísio em 2026
Entre reeleição em SP e candidatura ao Planalto, segunda opção ganha força depois das eleições municipais
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sai como maior vitorioso na reeleição de Ricardo Nunes (MDB) à prefeitura paulistana.
Cotado para a Presidência da República em 2026, Tarcísio puxou mais votos do que o petista Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo.
Na disputa de padrinhos, Tarcísio venceu Lula, que apostou as fichas no candidato Guilherme Boulos (PSol) para prefeito.
Apesar de Lula ter vencido entre os paulistanos nas eleições presidenciais, em 2022, ele não conseguiu repetir o mesmo desempenho na transferência de votos para Boulos.
Isso marca um confronto indireto entre Lula e Tarcísio, e uma mudança no voto da capital do maior colégio eleitoral do país.
Em meio a políticos clássicos, a força de Tarcísio desperta atenções para o surgimento de um novo movimento, o “tarcisismo”, que tem relação direta entre a imagem dele e o quanto é capaz de convencer o eleitorado.
Entre se candidatar novamente ao Palácio dos Bandeirantes e alçar voo ao Planalto, a segunda opção ficou mais perto.
O governador, que está em seu primeiro mandato, ocupou o espaço do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que oscilou entre o apoio a Nunes e ao candidato Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno.
A vitória em São Paulo foi encabeçada por Tarcísio, com o MDB de Nunes e PSD de Gilberto Kassab no palanque. Os três partidos comandam ministérios no governo Lula. Mas, em São Paulo, caminham juntos contra a esquerda.
A centro-direita acertou na combinação e tem, até 2026, para avaliar se repete o grupo.
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