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    Basília Rodrigues
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    Basília Rodrigues

    Apura e explica. Adora Jornalismo e Direito. Vencedora do Troféu Mulher Imprensa e prêmios Especialistas, Na Telinha e profissionais negros mais admirados

    Análise: Boulos e Nunes travam disputa por título de político verdadeiro e bom gestor em último debate

    Autorizados a andar pelo palco, candidatos a prefeito de São Paulo interagiram lado a lado diversas vezes

    Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) trocaram acusações sobre quem está mentindo para a população, no último debate à Prefeitura de São Paulo na noite desta sexta-feira (25), na Globo.

    Nessa estratégia, Nunes teve a seu favor o número de condenações da Justiça eleitoral contra Boulos — que lhe já rendeu dezenas de direitos de resposta ao longo da campanha.

    Mas enquanto o prefeito se confundia com as fichas de papel nas mãos e na tentativa de usar o celular, algo proibido durante o debate, o candidato Boulos parecia ter decorado muitas acusações que faria contra Nunes sobre corrupção.

    “Pesquisem”, repetia o candidato do PSOL, enquanto, simultaneamente, a equipe dele publicava vídeos e textos nas redes sociais contra o prefeito Nunes.

    Um debate é pouco tempo para puxar a ficha que comprove tudo isso. A campanha está no fim. Ao eleitor cabe prestar muita atenção.

    Autorizados a andar pelo palco, Nunes e Boulos se aproximaram várias vezes. Em determinados momentos, enquanto um falava, o outro aparecia como um observador atrás.

    Nunes chegou a ironizar uma das movimentações de Boulos: “Você fica invadindo meu pedaço”, em uma indireta bem compreendida sobre a atuação de Boulos junto a movimentos sem teto. “Está engraçadinho, né?”, respondia o rival de Nunes.

    Poucos direitos de réplica foram concedidos. Boulos teve autorizada uma resposta porque foi chamado de “criminoso” por Nunes.

    Já o candidato do MDB reclamou oito vezes para rebater e foi atendido em apenas uma.

    “Acordo cedo, durmo tarde, sou do trabalho”, destacou Nunes em mais de uma situação. “Vocês não tem experiência e quando promete, não entrega”, complementou em outra resposta contra a esquerda.

    “Precisa andar de bicicleta com rodinha; uma é o Tarcísio, o outro é Bolsonaro”, retrucou Boulos.

    Ao ser questionado sobre ações na saúde, Nunes recorreu à expressão “Bruno e eu” para lembrar entregas da prefeitura desde a época de Bruno Covas. Como prefeito, se reeleito, prometeu que pode fazer mais.

    A missão de falar sobre a cidade foi cumprida, sem cadeiradas ou dedo em riste. A dinâmica do debate permitiu que Boulos e Nunes falassem sobre si e fizessem perguntas entre eles.

    Em comum, apenas os ternos azuis, escolhidos por Nunes e Boulos para o último embate. A disputa pelo voto do eleitor, pelos discursos usados pelos candidatos, é também pelo título de honesto, trabalhador, bom gestor, e não mentiroso.

    Apuração

    CNN acompanha, em tempo real, a apuração dos votos em todas as 51 cidades do Brasil que disputam o segundo turno neste domingo (27).

    Em São Paulo, a contagem dos votos pode ser acompanhada clicando neste link.

    51 cidades terão 2° turno no país; saiba quais são

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