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    Américo Martins
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    Américo Martins

    Especialista em jornalismo internacional e fascinado pelo mundo desde sempre, foi diretor da BBC de Londres e VP de Conteúdo da CNN; já visitou 68 países

    Reino Unido testa vacina personalizada contra o câncer

    Homem de 55 anos foi a primeira pessoa a receber o novo tratamento, que dá esperança para milhões de pacientes

    O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês) começou a testar vacinas personalizadas contra o câncer de intestino.

    Elliot Pfebve, de 55 anos e pai de quatro filhos, foi a primeira pessoa a receber a vacina, num hospital em Birmingham.

    O tratamento, ainda experimental, utiliza uma tecnologia baseada no mRNA, também chamado de RNA mensageiro, a mesma utilizada por algumas vacinas contra a COVID-19.

    As vacinas personalizadas contra a doença são criadas através da análise do tumor de um paciente que já tem câncer para identificar mutações específicas do seu próprio caso.

    Usando essas informações, os médicos criam a vacina individualizada, que é adaptada ao câncer específico de cada pessoa.

    O medicamento atua treinando o sistema imunológico para reconhecer, destruir e prevenir a propagação de células cancerígenas.

    Essas vacinas, no entanto, não existem para prevenir o desenvolvimento do câncer. Mas elas são chamadas assim justamente porque ensinam o sistema imunológico combater a doença, da mesma forma que as vacinas ensinam o corpo a se proteger contra vírus e bactérias.

    Elas são aplicadas em pessoas, como Pfebve, que já tem câncer e que fizeram cirurgias para remover o tumor original.

    Com sua ação, espera-se que as vacinas impeçam o retorno da doença.

    O NHS, um sistema público de saúde, anunciou que vai fazer testes similares para o tratamento de vários outros tipos de câncer.

    Milhares de britânicos devem se submeter ao experimento nos próximos meses.