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    Piloto automático? Entenda como funciona a condução autônoma e quais seus níveis

    Avanço da tecnologia faz com que montadores criem uma "corrida dos autônomos"

    João Vitor Ferreiracolaboração para a CNN

    A tecnologia dos carros está ficando cada vez mais avançada, principalmente, no que diz respeitos aos recursos ADAS. Além de deixar a sua viagem mais segura, esse conjunto de equipamentos tem como objetivo automatizar a condução, ou seja, fazer com que os veículos dirijam sozinho.

    As montadoras correm contra o tempo para criarem o primeiro carro autônomo. Até o momento, algumas já iniciaram testes ou estão desenvolvendo os seus primeiros robotaxis. É o caso da GM e da Tesla. Mas deve demorar um certo tempo até que essa tecnologia chegue aos modelos de produção.

    O que temos até agora são equipamentos e sistemas que auxiliam em partes a condução. Para diferenciar melhor os diferentes sistemas autônomos que existem no mercado, o SAE (sigla em inglês para Sociedade dos Engenheiros Automotivos) criou uma escala do 0 ao 5, que indicam os níveis de condução autônoma de um veículo.

    O nível 0 representa os carros que não possuem nenhum recurso de assistência, enquanto o 5 o carro é capaz de dirigir completamente sozinho.

    Confira o que representa cada um dos níveis da condução autônoma criados pelo SAE:

    Nível 1 – Assistência ao condutor

    No primeiro nível, o carro recebe equipamentos mais simples que, não tomam decisões ou ações muito relevantes, mas auxiliam o motorista no dia-a-dia. O melhor exemplo é o piloto automático, que mantém uma velocidade constante sem que o motorista precise pressionar o pedal e é muito útil para evitar multas indesejadas.

    Outros exemplos de equipamentos que compõem o nível 1 é a direção elétrica progressiva, que aumenta a resistência do volante conforme a velocidade aumenta, e o alerta de permanência em faixa.

    Nível 2 – Automação parcial

    É nesse nível onde encontramos a maioria dos dos modelos atuais. Aqui, os sistemas do carro são capazes de assumir o controle para auxiliar o motorista, porém é necessário que ele mantenha as mãos no volante 100% do tempo.

    Com radares e sensores mais potentes, os carros com ADAS nível 2 obrigatoriamente trazem itens como controle de cruzeiro adaptativo, onde a sua velocidade se adapta ao do carro da frente. Muitos ainda trazem o sistema Pare e Siga para congestionamentos.

    O assistente de permanência e troca de faixa é outro recurso obrigatório para ser considerado nível 2. Com ele, o volante altera a trajetória sozinho, ajudando o motorista nessas duas situações.

    Nível 3 – Automação condicional

    Automação condicional significa que o carro pode se mover sozinho, de acordo com as condições da estrada. Logo, o motorista até pode tirar as mãos do volante sem que isso seja considerado uma infração, mas precisa ficar atento para retomar o controle do carro sempre que solicitado.

    Drive Pilot Mercedes
    Mercedes EQS foi o escolhido para estrear o sistema Drive Pilot, o único de nível 3 certificado no mundo / Mercedes-Benz/Divulgação

    Até o momento, apenas o Drive Pilot da Mercedes-Benz recebeu certificado de nível 3 para operar nos EUA, mas apenas no estado de Nevada. A China já deu o aval para que algumas de suas montadoras comecem a testar sistemas de nível 3 no país.

    Nível 4 – Automação avançada

    Os veículos já circulam completamente sozinhos e o motorista pode se preocupar em realizar outras tarefas enquanto o carro está em movimento. Ainda não temos carros certificados neste nível.

    No entanto, a direção autônoma só é liberada em locais específicos, como ruas e estradas pré-mapeadas pelo sistema. Outro detalhe é que em situações adversas, como chuvas fortes ou nevoeiro pesado, o computador solicitará que o motorista tome o controle da situação.

    Muitos dos robotaxis que estavam sendo testados no mundo rodam com esse nível de assistência, já que só podem circular em áreas já pré mapeadas. Em carros de produção, espera-se que o nível chegue em um futuro não muito distante e seja muito útil, principalmente, para evitar acidentes e situações perigosas.

    Chevrolet Cruise
    Carro autônomo Cruise, da GM, chegou a rodar em testes em San Francisco, mas projeto já foi encerrado / 26/09/2018 REUTERS/Heather Somerville

    Nível 5 – Automação total

    No último nível temos o cenário ideal da automação veicular. Os sistemas avançados conduzem o carro por qualquer lugar e sob qualquer condição climática e o motorista torna-se apenas um espectador. O “condutor” assume o controle do carro apenas se quiser.

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