Novo Citröen C3 europeu se inspira no brasileiro e ganha versão híbrida

O Citröen C3 está mudando completamente no mercado europeu. Embora o nome seja o mesmo, as versões vendidas no Velho Continente são diferentes dos modelos de mercados emergentes como a América do Sul e a Índia.

Mas a versão brasileira serviu de inspiração para o novo carro europeu. Para quem não se lembra, a terceira geração do C3 europeu, vendida desde 2016, até tinha alguns detalhes que lembravam o nosso compacto, como as luzes dianteiras, a grade e os para-choques. Porém, no geral, ele era bem mais arredondado, enquanto o nacional e indiano ganharam um visual mais quadrado, inspirado nos SUVs.

Foi exatamente essa característica que a Citröen resolveu adotar para a quarta geração, que teve seu design apresentado há seis meses, quando o e-C3, versão elétrica do hatch, estreou na Europa.

O design quadrado parece até uma evolução do C3 nacional, principalmente com a carroceria em duas cores. As diferenças mais nítidas estão nos faróis, que agora não são mais separados dos DLRs. A grade dianteira é bem fina e traz o novo logo da marca, enquanto os para-choques trás novas aberturas nas extremidades, ao invés dos faróis de neblina quadriculados com cor contrastante.

Na traseira, o formato das lanternas é bem semelhante. Mas as luzes ganham máscaras pretas e um desenho interno estiloso. Para completar, a tampa do porta-malas é cortada por uma faixa preta com o símbolo da montadora no centro.

A quarta geração do C3 é um pouco maior que o modelo brasileiro, medindo 4,05 m contra 3,98 m. Se comparado com o modelo de saída, ele também está mais alto, tendo uma altura em relação ao solo de 19,7 cm. Essas características ressaltam a característica mais aventureira do hatch, além de conferir um bom espaço interno e um porta-malas mais generoso, de 310 L — capacidade parecida com a do nosso compacto, que soma 315 l com o banco traseiro no lugar.

Quanto à motorização, a novidade está na versão híbrida leve. O C3 Hybrid 100 tem motor 1.2 turbo de 102 cv, além de sistema elétrico com bateria de 48 volts e um motor elétrico de 28 cv montado no câmbio automático de duas embreagens e seis marchas. Segundo a montadora, a unidade elétrica contribui com até 12 cv durante as acelerações e pode manter o carro em movimento por até 50% do tempo em trajetos urbanos. Essa versão também é cerca de 10% mais econômica, se comparado com o não eletrificado.

Os modelos mais baratos serão equipados apenas com o motor 1.2 acoplado a uma transmissão manual também com seis marchas.

Por dentro, o C3 é simples. O tradicional painel de instrumentos é substituído por um head-up display no fundo do painel. A central multimídia de 10,25’ polegadas é exclusividade da versão topo de linha “Max”. Quem optar pelo modelo de entrada, “You”, terá que se contentar com um suporte para smartphones.

De fábrica, o C3 é equipado com faróis LED e automáticos, frenagem automática de emergência, retrovisores elétricos e controle de cruzeiro. Subindo para a versão topo de linha, o hatch ganhou alguns mimos como rodas de 17’’, câmera de ré, luzes traseiras de LED, entre outros.

A quarta geração do C3 chega à Europa quase 2.000 euros mais barato que a antecessora. O modelo a combustão na versão You parte dos 14.990 euros, equivalente a R$ 81.469. As primeiras unidades devem começar a ser entregues no início do segundo semestre de 2024.

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