Japão planeja eliminar venda de veículos a gasolina até meados da década de 2030
Governo japonês anunciou, nesta sexta (25), plano para impulsionar a economia verde no país
O Japão pretende eliminar os veículos movidos a gasolina nos próximos 15 anos, disse o governo do país nesta sexta-feira (25), ao anunciar um plano para alcançar emissões líquidas de carbono zero e gerar quase US$ 2 trilhões por ano em economia verde até 2050.
A “estratégia de crescimento verde”, visando as indústrias de hidrogênio e automotiva, pretende ser um plano de ação para cumprir a promessa de outubro do primeiro-ministro Yoshihide Suga de eliminar as emissões de carbono em uma base líquida até meados do século.
Leia também:
Carro elétrico anda até 64 Km por dia usando energia solar
Venda de carros elétricos no Brasil cresce 60% em 2020
Suga fez do investimento verde uma prioridade principal para ajudar a reviver a economia do país, duramente atingida pela pandemia Covid-19, e para alinhar o Japão com a União Europeia, China e outras economias que definem metas ambiciosas de emissões.
O governo oferecerá incentivos fiscais e outro apoio financeiro às empresas, visando 90 trilhões de ienes (cerca de US$ 870 bilhões) por ano em crescimento econômico adicional por meio de investimentos e vendas verdes até 2030 e 190 trilhões de ienes (cerca de US$ 1,8 trilhão) até 2050.
Um fundo verde de 2 trilhões de ienes apoiará o investimento corporativo em tecnologia verde.
O plano visa substituir a venda de veículos movidos a gasolina por veículos elétricos, incluindo veículos híbridos e de célula de combustível, até meados da década de 2030.
Para acelerar a disseminação dos veículos elétricos, o governo pretende reduzir o custo das baterias dos veículos em mais da metade, para 10.000 ienes ou menos por quilowatt-hora até 2030.
O objetivo é aumentar o consumo de hidrogênio para 3 milhões de toneladas até 2030 e cerca de 20 milhões de toneladas. até 2050 de 200 toneladas agora, em áreas como geração de energia e transporte.
A estratégia identifica 14 indústrias, como a eólica offshore e amônia de combustível, que visam a instalação de até 45 gigawatts (GW) de energia eólica offshore até 2040