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    GM vai dar salário extra e carro modelo Onix a funcionário que pedir demissão

    Montadora abriu programas de demissão voluntária (PDV) para evitar dispensa em massa após paralisação das fábricas

    Na tentativa de não promover demissões em massa em razão da alta ociosidade de suas cinco operações no país, onde trabalham cerca de 18 mil pessoas, a General Motors (GM) negociou com sindicatos locais a extensão do lay-off (suspensão de contratos de trabalho) até novembro e, se preciso, haverá nova prorrogação até abril. A medida envolve mais de 3 mil funcionários.

    A GM também vai abrir programas de demissão voluntária (PDV) com incentivo de salários extras e até um modelo Onix para quem aderir. 

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    A empresa afirma que desde o início das medidas de isolamento em razão da pandemia de Covid-19 e suas implicações econômicas, “vem tomando uma série de medidas para, nesta ordem, proteger a saúde e segurança de seus empregados, fornecedores e parceiros, preservar empregos e garantir a sustentabilidade do negócio”.

    Informa também que vem utilizando mecanismos como redução de custos, postergação de investimentos – um plano de R$ 1 bilhão até 2024 está congelado -, banco de horas, férias coletivas, redução de jornada com redução salarial e lay-off.

    Trabalhadores das fábricas de São Caetano do Sul (SP) e de Gravataí (RS), onde são produzidos automóveis, já aceitaram a proposta, assim como os de Joinville (SC), onde são feitos motores. Na unidade de São José dos Campos (SP), que produz picape e utilitário-esportivo, a votação ocorre nos próximos dias.

    O PDV será aberto só nas fábricas de São Caetano e São José dos Campos. A data para o início do programa não foi definida e nem a adesão esperada.

    Os incentivos para quem aderir vão de 3,5 a sete salários extras por ano trabalhado, dependendo do tempo de casa, e de um a dois anos de manutenção do plano médico. Funcionários com mais de 11 anos de trabalho no grupo também vão receber um Onix Joy Black, modelo que custa R$ 50,8 mil.

    Para trabalhadores com até três anos de casa não há incentivos. “Provavelmente porque a empresa quer manter esse pessoal, que têm salários inferiores aos mais antigos”, diz o presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Francisco Nunes.

    No caso do lay-off, os cerca de 3 mil funcionários que estão em casa desde abril permanecerão fora até novembro. Se até lá o mercado não tiver reagido, a dispensa será prorrogada até abril. Em parte desse período os trabalhadores vão receber R$ 1,8 mil do FAT e em pelo menos dois meses a GM vai bancar toda a diferença para que o funcionário receba 100% do salário líquido.

    Na planta de São José dos Campos havia 1,5 mil operários afastados, mas 360 retornam hoje. A GM tem ainda uma fábrica de peças em Mogi das Cruzes (SP).

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