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    Fornecimento de semicondutores só deve se normalizar em 2023, avalia professor

    À CNN Rádio, Antônio Jorge Martins explicou que a indústria de semicondutores ainda não conseguiu atender à demanda mundial crescente

    Amanda GarciaBel Camposda CNN em São Paulo

    A indústria automobilística é uma das que mais sofrem com a crise de abastecimento de semicondutores, mas, de acordo com o coordenador de cursos automotivos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Antônio Jorge Martins, o fornecimento só será normalizado a partir de 2023.

    Em entrevista à CNN Rádio, o professor afirmou que a oscilação começou durante a pandemia, “em função da transformação digital de todas as empresas do mundo”, que “gerou demanda significativa em cima dos produtores de semicondutores.”

    A indústria é dividida na Europa, Ásia e Estados Unidos e, em todos esses locais, de acordo com Antônio Jorge, há um processo até de triplicação da capacidade produtiva, mas “não é feito da noite para o dia, a situação só deve se normalizar a partir do ano que vem.”

    Na última terça-feira (5), a Mercedez-Benz anunciou férias coletivas para cerca de 5 mil trabalhadores em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e para outros 600 em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Tudo por causa da escassez de componentes para a montagem de caminhões e ônibus.

    Para o especialista, paralisações como essa não acontecerão com a frequência do pico da pandemia, mas ainda são esperadas de forma pontual ao longo de 2022.

    Além do aumento da demanda, outro fator que prejudica o abastecimento é o lockdown na Ásia, que atrapalha o envio de semicondutores.

    O professor reforça que a indústria faz grandes investimentos, em dois blocos distintos: “Um que caminha para atender uma forte demanda, com velocidade, e outro que se volta para especializar-se e evoluir tecnologicamente na fabricação de semicondutores.”

    Na avaliação dele, “existe toda a possibilidade de fabricantes atenderem a evolução tecnológica de todo o setor de eletrônicos.”

    Antônio Jorge destacou que a expectativa do setor automotivo é de um crescimento da ordem de 10 a 12%. No entanto, ele admite que a estimativa pode não se concretizar devido a essas paralisações.

    “De qualquer forma, acreditamos que temos condições de crescer.”

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