Dodge Charger: elétrico esportivo é revelado com comprimento de picape
Primeiro elétrico da Dodge chega em duas versões e começará a ser produzido ainda em 2024
Esqueça os “muscles cars” (carros voltados a de antigamente. A Dodge apresentou oficialmente o Charger Daytona, seu primeiro carro elétrico que representa um passo importantíssimo para o futuro da marca, mas sem deixar de lado a tradição.
Assim como seus antepassados equipados com poderosos motores V8, o novo Charger também traz muita potência e um forte poder de aceleração. Em sua versão topo de linha, a Scat Pack, o esportivo é equipado com dois motores, garantindo assim tração integral, além de 680 cv e 86,67 kgfm. Esses números são o suficiente para garantir um 0 a 100 km/h de 3,3 s e um tempo de quarto de milha (distância equivalente a 402 m) de 11,5 s.
Mas essa potência não está presente assim que você afunda o pé no acelerador. Para desbloquear o potencial máximo do Charger, é necessário pressionar o botão “PowerShot” que libera um impulso elétrico, gerando assim 40 cv a mais nos motores durante 15 s. Após a ativação, é necessário aguardar 40 s para utilizar o impulso extra novamente.
Para quem prefere algo mais controlado – mas ainda assim esportivo – há a versão R/T. A variante de entrada também tem a configuração com dois motores, mas a entrega de potência e torque são menores: 503 cv e 55,06 kgfm.
Os amantes da gasolina não precisam se revoltar, já que a Dodge também irá lançar um novo Charger com motor a combustão no ano que vem. Porém, ele não terá o tradicional V8 Hemi, sendo substituído pelo seis cilindros Hurricane 3.0 turbo, que já equipa outros modelos da Stellantis e pode chegar aos 550 cv de potência.
Voltando ao elétrico, ele é o primeiro modelo a usar a plataforma STLA Large, destinada aos maiores veículos das marcas da Stellantis (são 14 no total, incluindo Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën). Isso explica porque o Charger Daytona tem incríveis 5,25 metros de comprimento, 1,5 metro de altura e 2,03 metros de largura. Para se ter uma ideia do seu tamanho, a picape Ford Ranger é só 10 cm mais longa que o “muscle car”. E graças à versatilidade da plataforma, ele estará disponível em versões de duas e quatro portas.
O “coração” do novo Charger é uma bateria de níquel-cobalto-alumínio de 100,5 kWh. Na versão R/T, ela garante um alcance de até 510 km, enquanto na Scat Pack, devido à maior potência, esse número cai para 418 km. Independente da variante, ambos levam cerca de 27 minutos para recarregar de 20% a 80% da bateria usando carregadores rápidos DC.
No design, a versão de produção não mudou quase nada do conceito apresentado anteriormente. A dianteira ainda reflete a identidade visual dos V8 do passado, mas com uma grade bem mais fina, adornada com uma barra de LED. Já os faróis que antes eram arredondados, agora são retangulares e bem estreitos, se escondendo na cavidade dianteira.
Por dentro, há bastante tecnologia. No painel, o proprietário pode optar pela quadro instrumentos digital padrão de 10,25’’ ou então pagar pelo opcional de 16’’. Ele é acompanhado por uma central multimídia de 12”. Para trazer uma sensação mais premium, há iluminação interna de 64 cores, que responde a determinadas ações do motorista, como abertura de portas ou mudança de modos de condução. Por fim, há também a opção de equipar o Charger Daytona com um teto inteiramente de vidro.
Para quem gosta de se aventurar nas pistas, o Charger elétrico tem os modos de condução Auto, Eco, Sport, Wet/Snow e Track and Drag, esse último disponível apenas no topo de linha, que alteram o comportamento do veículo de acordo com o terreno ou preferência do motorista.
Além desses, há também outros modos como o Donut e o Drift. No primeiro, o carro gira apenas as rodas traseiras para fazer o tradicional “zerinho”. Enquanto no Drift, os sistemas eletrônicos atuam gerenciando o torque e o controle de tração, além de enrijecer os amortecedores traseiros e aliviar os dianteiros para permitir que o carro deslize melhor nas curvas.
Para completar a sensação de esportividade, o Charger traz o novo sistema de escape Fratzonic. Como carros elétricos não emitem gases, o escapamento é substituído por alto-falantes em uma câmara especial, que promete reproduzir fielmente os sons das antigas versões Hellcat equipadas com motor V8.
O Dodge Charger Daytona será produzido em Windsor, no Canadá. As versões de duas portas começarão a ser produzidas na metade de 2024, enquanto os modelos quatro portas e com motor a combustão estão programados para o primeiro trimestre de 2025. Os preços ainda não foram divulgados.
