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    Bafômetro detecta bombom de licor? Veja 5 mitos sobre o teste

    Segundo o Detran-SP, "truques" como beber vinagre ou usar antisséptico buscal não funcionam para "burlar" o exame; veja o que pode e o que não pode ser detectado no teste

    Gabriela Maraccinida CNN

    Uma análise recente feita pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, conhecida como Proteste, mostrou que comer duas fatias de pão de forma de determinadas marcas pode ser o suficiente para não passar no teste do bafômetro. Diante dessa descoberta, é comum surgirem dúvidas do que realmente pode ou não ser detectado no exame e se há formas de “burlar” o teste.

    Segundo o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), “gambiarras” como beber vinagre antes do teste, usar antisséptico bucal ou mascar chiclete para tentar enganar o bafômetro não funcionam. A seguir, veja os principais mitos sobre o que pode ou não ser detectado no teste, segundo o departamento.

    1. Bombom de licor

    Segundo o Detran-SP, muitos motoristas insistem que foram pegos no bafômetro após comerem um bombom de licor. No entanto, segundo o departamento, a baixa concentração alcoólica do doce faz com que o álcool fique presente apenas na mucosa bucal e por um tempo curto, não podendo ser detectado pelo teste.

    “Quando for o caso, o motorista, no momento da abordagem, pode fazer bochecho com água e aguardar alguns minutos para fazer o teste. Portanto, se a pessoa não tiver realmente ingerido bebida alcoólica, apenas o bombom, não será detectado álcool vindo do ar dos pulmões”, afirma o Detran-SP, em comunicado.

    2. Antisséptico bucal

    O antisséptico bucal com álcool na composição não é detectado pelo bafômetro, pelo mesmo motivo do bombom de licor: o teor alcoólico no produto é baixo e não permanece muito tempo na mucosa bucal. Por isso, ele também não serve como “desculpa” para um teste do bafômetro positivo.

    3. Vinagre

    A ideia de que ingerir vinagre para tentar driblar o teste do bafômetro é falsa, segundo o Detran-SP. O bafômetro mede a quantidade de álcool ingerido que passou para a circulação sanguínea e para o sistema respiratório. Nesse sentido, o vinagre não é capaz de interferir no etanol exalado pelos pulmões.

    Além disso, o vinagre é um dos alimentos que podem conter álcool na composição e, quando ingerido, pode até potencializar o resultado positivo do teste do bafômetro.

    4. Uso de Metadoxil (ou vitamina B6)

    O Metadoxil é um medicamento utilizado para o tratamento do alcoolismo e atua acelerando a metabolização do álcool no fígado. No entanto, usá-lo antes de dirigir visando “enganar” o teste do bafômetro não é eficaz. Isso porque o remédio não interfere na concentração de álcool que está no sangue e nem no ar que será expelido durante o teste.

    A absorção do álcool pelo organismo acontece de forma rápida, entre 30 e 45 minutos, segundo José Luiz Capalbo, médico responsável pelo Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho, especialista ouvido pelo Detran-SP. Por outro lado, a substância demora para sair do organismo, podendo levar até 10 horas para que o álcool não seja detectado no sangue. Esse é mais um dos motivos pelos quais o medicamento não é eficaz para burlar o bafômetro.

    5. “Só uma latinha”

    A ideia de que tomar “só uma latinha” não impede de dirigir é equivocada. De acordo com a Lei Seca, conhecida como “Tolerância Zero”, não existe qualquer quantidade de bebida alcoólica aceitável, nem mesmo uma latinha de cerveja.

    Caso o teste do bafômetro dê positivo, a infração é considerada gravíssima, com aplicação de multa no valor de R$ 2.934,70. Além disso, a carteira de habilitação do condutor será suspensa por um período de 12 meses e o veículo será retido até a apresentação de um condutor habilitado.

    Segundo o Detran-SP, quem for reincidente nesse tipo de infração em um período de 12 meses é multado em R$ 5.869,40 e responde a processo de cassação do direito de dirigir por dois anos.

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