Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    França deve se preparar para “decisões difíceis” sobre Covid-19, diz ministro

    As autoridades francesas estão procurando opções para medidas ainda mais rígidas para combater a Covid-19

    Sudip Kar-Gupta, , da Reuters

    A França deve se preparar para “decisões difíceis” sobre novas medidas para lidar com o ressurgimento da Covid-19, disse o ministro do Interior, Gérald Darmanin, nesta terça-feira, antes de uma reunião de gabinete para discutir a pandemia.

    As autoridades francesas estão procurando opções para medidas ainda mais rígidas para combater a infecção respiratória provocada pelo novo coronavírus, que continua se espalhando apesar de algumas das restrições mais rígidas na Europa, de acordo com três fontes familiarizadas com o pensamento do governo.

    “Devemos esperar decisões difíceis”, disse Darmanin à rádio France Inter.

    A França já estabeleceu um toque de recolher das 21h às 6h nas principais cidades, incluindo Paris. Duas fontes da indústria em contato com o governo disseram que as autoridades, agora, estão considerando começar o toque de recolher mais cedo, confinando as pessoas em suas casas nos fins de semana, exceto para viagens essenciais, e fechando estabelecimentos não essenciais.

    Na segunda-feira, a França registrou 26.771 novos casos confirmados de coronavírus em 24 horas. O número de mortes aumentou em 257, elevando o total acumulado desde o início da epidemia para 35.018. O número de pessoas em unidades de terapia intensiva aumentou em 186 para 2.770.

    O governo está tentando equilibrar a luta contra o vírus com a garantia de que as novas restrições não prejudiquem muito a economia, mas o especialista em doenças infecciosas Gilles Pialoux pediu um novo lockdown nacional.

    “Acho que claramente precisamos confinar o país”, disse ele à BFM TV.

    Leia também:
    Estudo sugere que imunidade ao coronavírus após infecção pode durar pouco tempo
    Rússia impõe uso de máscara em todo o país em novo conjunto de restrições
    Itália registra protestos contra novas medidas de quarentena no país

    Segunda onda na Europa

    Mulher é testada para o novo coronavírus na França

    Mulher é testada para o novo coronavírus na França

    Foto: REUTERS

    Enquanto o Brasil assiste à uma diminuição lenta do ritmo da pandemia, a Europa passa por um momento contrário. Diversos países bateram recordes de infecções nas últimas semanas.

    No Reino Unido, um novo recorde foi registrado na terça-feira (21), quando 26.668 casos foram somados ao total de 876 mil. No mesmo dia, a Suíça contabilizou 5.596 novos diagnósticos de Covid-19, maior número desde o início da pandemia.

    Na quarta-feira (22), ao menos quatro nações europeias bateram recorde de infecções diárias. Além de Alemanha (11.287 novos casos), Holanda (9.283) e Portugal (3.270), a Espanha somou 20.986 novos contaminados, obrigando o governo a adotar restrições para conter o alto contágio.

    A chegada do inverno nesses países preocupa autoridades de saúde. Com a queda das temperaturas, os habitantes tendem a passar mais tempo em ambientes fechados, onde a transmissão do novo coronavírus é facilitada.

    (Com reportagem de Gabriel Passeri, Leonardo Lopes, Henrique Andrade e Carolina de Figueiredo)

    Tópicos