Análise: ala do PT do RJ abre dissidência contra Paes e Tarcísio ocupa “vácuo” na esquerda
Candidato do PSOL, Tarcísio Motta conta com o apoio de petistas, que lançaram movimento na contramão da executiva da sigla, que apoia o prefeito
Definida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a estratégia do PT do Rio de Janeiro de abrir mão de lançar candidato próprio para apoiar o prefeito Eduardo Paes (PSD) levou um grupo de petistas a lançar um movimento público de apoio ao candidato do PSOL, Tarcísio Motta.
O movimento “Petistas com Tarcísio” é liderado pelo deputado federal Lindbergh Farias e não enfrenta resistências da cúpula do partido, pelo menos por enquanto.
O PT do Rio de Janeiro tentou emplacar a candidatura a vice de Paes, mas não conseguiu e mesmo assim selou o apoio, o que desagradou quadros da legenda.
Pelo acordo costurado pela cúpula petista, segundo fontes, o PT abriu mão do protagonismo em 2024 em troca de uma aliança em 2026 que prevê apoio de Lula a Paes na disputa para governador, enquanto o PSD apoiaria um petista para o Senado e deixaria a vaga de vice para o partido.
Esse acerto abriu uma janela de oportunidade para Tarcísio Motta, que se tornou o nome de referência da esquerda.
A estratégia do PSOL fluminense, que já chegou ao segundo turno com Marcelo Freixo, é empurrar Paes para o campo da direita.