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    Ucrânia destrói pontes estratégicas da região russa de Kursk

    Sistema de foguetes importado dos EUA auxiliam as forças ucranianas a avançarem no território russo

    Tom BalmforthYuliia DysaMilan Pavicicda Reuters

    As forças ucranianas têm usado sistemas de foguetes Himars fabricados pelos Estados Unidos para destruir pontes e equipamentos de engenharia da região russa de Kursk, mirando especificamente na logística da sua maior incursão no território russo, informaram os militares ucranianos nesta quarta-feira (21).

    Desde que Kiev lançou um grande ataque ao oeste da Rússia em 6 de agosto, a Ucrânia já danificou ou destruiu pelo menos três pontes sobre o rio Seym, segundo as autoridades russas. O avanço parece ser de aproximadamente de 28 a 35 quilômetros.

    “Como as pontes flutuantes russas ‘desaparecem’ na região de Kursk? Os operadores (…) as destroem com precisão”, disseram as Forças de Operações Especiais da Ucrânia no serviço de mensagens Telegram.

    A declaração ainda mencionou que os sistemas de foguetes Himars, fabricados nos EUA, foram usados. Essa foi a primeira publicação oficial de Kiev afirmando que as armas ocidentais fazem parte da ofensiva sem precedentes.

    Washington ainda não comentou diretamente sobre o uso de armas fabricadas nos EUA na região de Kursk, mas disse que suas políticas permaneceram as mesmas e que a Ucrânia estava se defendendo dos ataques da Rússia.

    Embora os aliados tenham impedido que a Ucrânia realize ataques de longo alcance com armas ocidentais dentro da Rússia, eles permitiram que Kiev as utilizasse para atingir as áreas de fronteira do país com a nova ofensiva russa na região de Kharkiv.

    O Kremlin classificou o uso de armas americanas em seu território como uma escalada.

    Um vídeo divulgado pelas forças especiais mostrou os ataques em várias áreas de travessia de ponte rolante. Pelo menos um dos ataques parece ter sido realizado com bombas de fragmentação.

    A Reuters não conseguiu verificar de forma independente sobre a declaração e o vídeo.

    O vídeo também mostra os ataques de drones a caminhões militares e outros locais descritos como um depósito de munições e um complexo de guerra eletrônica.

    Segundo a Reuters, foi possível verificar que pelo menos uma ponte flutuante parece ter sido destruída.

    É provável que o ataque tenha ocorrido entre os dias 14 e 17 de agosto, entre os povoados russos de Zvannoe e Glushkovo, depois que duas pontes foram destruídas ou danificadas anteriormente.

    Segundo imagens de satélite, a travessia, de aproximadamente 14 quilômetros da fronteira, desapareceu em 19 de agosto. A presença de fumaça também era visível nas imagens da área daquele dia.

    Embora Kiev tenha relatado uma série de vitórias no campo de batalha desde que cruzou inesperadamente a região russa de Kursk em 6 de agosto, a Rússia avançou a linha de frente no leste da Ucrânia.

    Nos últimos dias, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que suas forças assumiram o controle de vários povoados da área, incluindo Zhelanne e Svyrydonivka, bem como a cidade de Niu York, a cerca de 46 km de Pokrovsk.

    As forças armadas de Kiev não responderam diretamente sobre essas alegações, ao mesmo tempo em que relataram combates pesados nas regiões disputadas.

    O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia afirmou que o avanço na região de Kursk proporcionou ganhos maiores do que os capturados pela Rússia desde o início do ano.

    Veja o que sabemos sobre a incursão da Ucrânia em território russo

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