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    Pirataria é problema social, de segurança e de imagem, diz presidente da fabricante da JBL no Brasil

    Harman diz trabalhar junto do governo e da Receita Federal para combater falsificações

    João Nakamurada CNN , São Paulo

    A pirataria é um problema que afeta todas as escalas do mercado, prejudicando não só as empresas, mas também o consumidor, do ponto de vista do presidente da Harman no Brasil, Rodrigo Rihl Kniest.

    Uma das principais empresas de tecnologia de som do mundo, a Harman é responsável por desenvolver os produtos da marca JBL, que é líder de mercado em alto-falantes portáteis.

    Em entrevista à CNN, Kniest conta que a empresa enfrenta diferentes tipos de concorrência desleal: quando seus produtos são copiados, quando o logo da JBL é usado em produtos falsificados ou quando produtos são importados ilegalmente, sem pagar pelos devidos impostos.

    “Isso afeta não só nós, mas todo o mercado. Não é sobre reservamos o mercado para apenas nossos produtos. A gente gosta de competidor, competidor faz a gente ficar melhor”, comenta o presidente da Harman no Brasil à CNN.

    “O ruim é quando o competidor é injusto. Isso afeta a segurança das pessoas, a questão da justiça tributária e social e acaba canibalizando a marca e a tecnologia”, afirma Kniest.

    Ao lidar com um produto que envolve eletricidade, o executivo relembra da necessidade de se haver determinadas certificações com órgãos reguladores do país.

    Quando o produto é falsificado ou importado sem atender os critérios exigidos, Kniest explica que o risco de ocorrer defeitos e colocar a vida do usuário em segurança é alto.

    Já a questão social se daria por conta de o produto importado pirateado não contribuir com impostos.

    “Não tem justiça tributária e competitiva, e uma justiça até social. Tributo a gente sabe que deve trazer um retorno social, e o pirata não está contribuindo. As empresas têm que gerar imposto para ter um impacto positivo na sociedade, isso faz parte do ESG”, defende o executivo.

    De acordo com o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), o Brasil teve prejuízo de R$ 410 bilhões em 2022 por conta da perda de arrecadação com impostos e danos causados aos setores produtivos.

    “Deveria ser importante para todo mundo, e em especial para o governo. A gente colabora com o governo e com a Receita [Federal] dando informações sobre como identificar o produto original JBL para eles poderem ir atrás das fontes de irregularidade”, afirma Kniest, que também joga a bola para o consumidor no papel de combate à pirataria.

    “Quando a pessoa é enganada, canibaliza o mercado e desvaloriza a tecnologia. Com a população educada, tendo consciência, isso é o que vai fazer diferença.”

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