Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    “Não é correto ter emenda secreta”, diz Lula ao defender transparência de recursos

    Presidente afirma ser favorável ao direito de congressistas direcionarem emendas, mas critica poder do Congresso em relação ao Orçamento

    Emilly Behnkeda CNN , Brasília

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (16) ser “plenamente favorável” às emendas parlamentares desde que tenham transparência e sejam “publicizadas”. Para ele, a destinação dos recursos não pode ser “secreta”.

    As emendas são motivo de impasse entre Congresso e o Judiciário, que analisa a constitucionalidade dos repasses.

    Ainda nesta sexta, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria manter as decisões do ministro Flávio Dino que estabeleceram regras de transparência e de rastreio dos recursos para a execução de emendas parlamentares. O plenário da Corte julga três ações sobre transferência de recursos.

    “O que não é correto é o Congresso ter emenda secreta. Não pode ser secreta. Então, por que que alguém apresenta uma emenda e não quer que ela seja publicizada se a emenda é feita pra ele poder ganhar apoio político?”, disse Lula em entrevista à Rádio Gaúcha.

    Na madrugada desta sexta-feira, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou um pedido do Congresso para derrubar a decisão do ministro Flávio Dino que travou o pagamento de emendas impositivas.

    Para Lula, o impasse sobre os recursos é uma oportunidade de entendimento entre o governo e o Legislativo. “É possivelmente o fator que vai permitir a gente fazer uma negociação com o Congresso Nacional e estabelecer uma coisa justa na relação do Congresso com o governo federal”, declarou.

    Na quinta-feira (15), Lula já havia defendido a necessidade de uma negociação com o Congresso para estabelecer um acordo “razoável”. Ele também criticou o “sequestro” do Orçamento pelo Congresso ao comentar à proporção que fica nas mãos dos congressistas.

    “Metade do Orçamento está na mão do Congresso Nacional. Não tem nenhum país do mundo que tenha essas condições e os deputados precisam saber disso”, afirmou.

    Ele atribuiu ao governo anterior o ganho de poder do Legislativo sobre o Orçamento e defendeu priorizar as emendas coletivas.

    As chamadas “emendas Pix” são alvo de questionamento no STF por serem individuais, indicadas por deputados e senadores, e têm modalidade de “transferência especial” direta para estados, Distrito Federal ou municípios.

    Tópicos