O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) conversou com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso. O diálogo se deu por telefone, na noite desta quarta-feira (14).

Os dois trataram da decisão do ministro Flávio Dino de suspender todas as emendas impositivas apresentadas por parlamentares ao orçamento da União até que sejam criadas regras de transparência e rastreabilidade dos recursos.

Segundo interlocutores, Lira pediu que o Supremo reconsidere a decisão e ouviu de Barroso que a questão era ampla e será decidida pelo plenário virtual. A sessão para julgar a liminar de Dino foi marcada para sexta-feira (16).

Na reunião, Lira também teria avisado Barroso que parlamentares da Câmara e do Senado preparam um recurso com assinaturas que vão de integrantes do PT ao PL.

Mais cedo, Lira já tinha se reunido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Também nesta quarta, a Câmara dos Deputados deixou de votar destaques da regulamentação da reforma. Segundo apurou a CNN, um recado ao governo sobre a insatisfação do Congresso.

Pela decisão de Dino, Legislativo e Executivo – “em diálogo institucional” – deverão regular os novos procedimentos de transparência e rastreabilidade das emendas.

Diante do impasse, cresce adesão à sugestão de tornar todas as emendas impositivas, ou seja, obrigatórias.