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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    Senadores elaboram pedido de impeachment de Moraes

    Setor de combate à desinformação do TSE teria sido demandado de forma não oficial pelo gabinete do ministro durante e após as eleições de 2022

    Um grupo de senadores alinhados ao bolsonarismo começou, na noite desta terça-feira (13),a coletar assinaturas para protocolar um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

    A informação foi dada à CNN pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro.

    “Temos mais de uma dezena de senadores que já manifestaram interesse em assinar. Será protocolado amanhã”, disse à CNN.

    O pedido terá por base as informações publicadas pelo jornal “Folha de S.Paulo” de que o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria sido demandado de forma não oficial pelo gabinete de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante e após as eleições de 2022.

    Segundo o texto, o jornal teve acesso a 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes. Entre eles o seu principal assessor no STF, Airton Vieira, que ainda ocupa o posto de juiz instrutor.

    De acordo com ela, “se 5% do que foi divulgado hoje for verdade, espero que o ministro ainda durante noite ou madrugada, coloque a cabeça no travesseiro, reflita bastante e no raiar do dia apresente o pedido de renúncia”. “Vai ser mais fácil para todo mundo. É o mínino que ele poderia fazer agora pela garantia de nossa democracia”, completou.

    Pela Constituição, o Senado é o responsável por processar e julgar pedidos de impeachment de ministros do STF.

    Além dos pontos trazidos pela “Folha”, o pedido deve ter ainda as seguintes justificativas:

    1. Violações de direitos constitucionais e humanos;
    2. Violações ao devido processo legal e o sistema acusatório;
    3. Abusos de poder;
    4. Prevaricação na situação que desencadeou a morte de Clezão;
    5. Desrespeito ao Código de Processo Penal com a utilização da prisão preventiva como meio constrangimento para obtenção de delações premiadas;
    6. Desconsiderar pareceres do PGR no sentido da concessão da liberdade de aprisionados do dia 08/01;
    7. Violação das prerrogativas dos advogados;
    8. Não concessão de prisão domiciliar ou liberdade provisória para pessoas com problemas de saúde graves;
    9. Dilatação das prisões preventivas sem a apresentação da denúncia pelo MPF;
    10. Violação de direitos políticos de parlamentares no exercício das suas funções.

    Procurado pela CNN, o STF disse que não irá se manifestar.

    Moraes: procedimentos foram oficiais, regulares e estão documentados

    Em nota sobre o episódio, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes esclareceu que, no curso das investigações, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao TSE. “Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais”.

    “Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República”, encerra o texto.

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