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    BNDES registra lucro recorrente de R$ 7,2 bi no semestre, salto de 94,3% em relação a 2023

    Para Aloízio Mercadante, presidente do Banco, os resultados comprovam a retomada do BNDES como principal instrumento de promoção do desenvolvimento do Brasil

    Rachel Amorimda CNN , Rio de Janeiro

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou no primeiro semestre de 2024 um lucro líquido recorrente de R$ 7,2 bilhões, um salto de 94,3% na comparação com o ano passado. O resultado foi anunciado durante uma entrevista coletiva nesta terça-feira (13).

    O aumento do lucro foi impulsionado, principalmente, pela intermediação financeira. Os eventos não recorrentes no primeiro semestre de 2024 incluem dividendos da Petrobras e recuperação de crédito.

    De acordo com o resultado operacional, as aprovações de crédito nos seis primeiros meses de 2024 superaram as marcas dos últimos seis anos, somando R$ 64,9 bilhões. Já os desembolsos do BNDES totalizaram R$ 49,3 bilhões, mantendo uma trajetória de crescimento, com um aumento de 21% em relação ao mesmo período de 2023.

    Segundo o diretor de Planejamento do Banco, Nelson Barbosa, o BNDES deve desembolsar este ano entre R$ 140 bilhões e 150 bilhões.

    “Os resultados do primeiro semestre de 2024 comprovam que o Banco retomou o seu papel como principal instrumento de promoção do desenvolvimento do Brasil. Em janeiro de 2023, encontramos o Banco com ‘funding’ e liquidez comprometidos. Agora, alcançamos a maior carteira de crédito dos últimos seis anos, com inovações importantes para captação de recursos sem impacto primário, como a ampliação do Fundo Clima, a Letra de Crédito do Desenvolvimento e o Fundo Investimento em Infraestrutura Social”, analisa o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante.

    O volume de aprovações do Banco cresceu significativamente em todos os recortes setoriais, com destaque para o aumento de 143% nas aprovações de infraestrutura (R$ 26,1 bilhões) e de 70% na indústria (R$ 13,6 bilhões), seguidos de 66% no comércio e serviços (R$ 11,1 bilhões) e 31% em agropecuária (R$ 14,1 bilhões). O resultado inclui operações diretas e indiretas (via agentes financeiros repassadores de recursos do BNDES).

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