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    PF desarticula esquema de lavagem de dinheiro de máfia italiana no Brasil

    Um mandado de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão são cumpridos em três estados brasileiros

    Dayres Vitoriada CNN*

    A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal, cumpre na manhã desta terça-feira (13) um mandado de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão em três estados brasileiros contra suspeitos ligados a um esquema de lavagem de dinheiro operacionalizada pela máfia italiana no Rio Grande do Norte.

    Segundo apurado pelas autoridades, a máfia italiana se utilizava de empresas fantasmas e laranjas para movimentar e esconder dinheiro ilícito proveniente de atividades ilegais internacionais.

    Ao todo, cerca de R$ 300 milhões (cerca de 55 milhões de euros) teriam sido injetados no Brasil. A quantia teria sido utilizada para a compra de propriedades e inserção no meio imobiliário e financeiro brasileiro.

     

    A operação também conta com apoio internacional do Ministério Público e da Guardia di Finanza de Palermo, da Itália. Simultaneamente, a Direção Distrital Antimáfia de Palermo também coordena, nesta terça-feira (13), 21 buscas em várias regiões da Itália e na Suíça, com ligação ao grupo organizado atuante no Brasil.

    Cerca de 100 agentes financeiros italianos foram mobilizados para a ação que acontece no Brasil e no exterior.

    Buscando a desarticulação total do esquema, a Justiça Federal também autorizou o sequestro de imóveis e o bloqueio de contas bancárias associadas aos suspeitos e às empresas fantasmas envolvidas.

    Denominada “Operação Arancia”, os mandados estão sendo cumpridos no Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e no Piauí. Entre os crimes investigados estão associação mafiosa, extorsão, lavagem de dinheiro e transferência fraudulenta de valores, com agravante de apoio a famílias mafiosas.

    As investigações contra a presença da máfia italiana no Rio Grande do Norte tiveram início ainda em 2022, estado onde os envolvidos no esquema criminoso já atuariam há quase uma década.

    *Sob supervisão de Bruno Laforé

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