O primeiro debate na TV dos candidatos à Prefeitura de Salvador foi marcado por citações ao governo federal e críticas às alianças políticas firmadas pelos favoritos na disputa pelo comando da capital baiana.

Na maior parte do tempo no debate da Band, Bruno Reis (União Brasil), atual prefeito e líder nas pesquisas, foi emparedado por questionamentos dos adversários Geraldo Júnior (MDB) e Kleber Rosa (PSOL).

Apoiados pela esquerda em candidaturas diferentes, Geraldo e Kleber optaram por confrontar o atual gestor de Salvador com temas relacionados aos problemas sociais enfrentados pelos moradores da cidade.

Dados sobre desemprego, pobreza e falta de moradia foram apresentados, mesmo quando as perguntas não eram direcionadas ao prefeito.

O candidato do União Brasil defendeu os feitos de sua gestão e investimentos nas áreas de transporte e infraestrutura. Bruno Reis ressaltou o andamento de obras de revitalização no centro e na periferia da capital e direcionou problemas sociais ao governo do presidente Lula.

Apoiado pela sigla de Jair Bolsonaro, Reis evitou citar o ex-presidente. Afirmou conversar com integrantes de “todos os governos” e preferiu lembrar o apoio de ACM Neto, padrinho político de sua campanha e líder do grupo que comanda a capital há 12 anos.

Numa estratégia contrária, Geraldo Júnior escolheu apresentar propostas aliadas às políticas petistas, como a melhoria da oferta de moradias ancorada no programa Minha Casa, Minha Vida.

Ressaltou ainda a “parceria” com o presidente Lula e o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT), que acompanhou presencialmente o embate.

Kleber Rosa, por outro lado, trabalhou para chamar a atenção do eleitorado para projetos defendidos historicamente por candidatos do PSOL, como a implementação da tarifa zero no transporte público.

O candidato ainda tentou se descolar das ideias do emedebista ao lembrar a posição do partido durante o impeachment de Dilma Rousseff. E atacou também Geraldo Júnior ao citar que o candidato já foi aliado do grupo de Bruno Reis.

Ainda assim, acabou sufocado pelos discursos polarizados que prometem dar o tom das campanhas na quarta cidade mais populosa do Brasil.

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