Reunião ministerial é marcada por exaltação ao governo Lula 3
Segundo ministros presentes no encontro, clima foi de otimismo principalmente após os relatos das realizações
A reunião ministerial de seis horas realizada ao longo desta quinta-feira (8) no Palácio do Planalto foi na prática uma exaltação do governo Lula 3, segundo ministros presentes no encontro.
Eles relatam um elevado grau de otimismo nas falas do presidente e de boa parte dos presentes. “Ele estava extremamente otimista quase que dizendo que se tudo der errado o governo ao final dará certo. Estava muito feliz, muito satisfeito”, disse um ministro.
Lula, por exemplo, teria dito estar vivendo a melhor fase de sua vida nos campos pessoais e profissionais.
O presidente fez duas falas, uma no início e outra ao final da reunião. Nesta segunda, de acordo com os relatos, o otimismo foi até maior pois ocorreu após todos os presentes terem feito relatos de suas realizações.
De todas as falas, chamou atenção os prognósticos positivos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da Agricultura, Carlos Favero, dos Transportes, Renan Filho, e os números dos executivos dos bancos oficiais.
Dados como investimentos do PAC, Minha Casa Minha Vida, inflação, emprego, crescimento e saída de pessoas do Mapa da Fome estão entre os que agradaram o presidente e sua equipe. Todos também teriam ficado positivamente surpresos com os dados apresentados pelos presidentes dos bancos públicos que estiveram no encontro. O presidente do IBGE, Marcio Pochman, também fez uma explanação como convidado especial.
Lula questionou especificamente a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, sobre o preço do combustível. Ela respondeu fazendo comparações específicas do preço do gás no final do governo Jair Bolsonaro (R$ 140) com o atual (R$ 34).
A equipe da articulação política, liderada pelo ministro Alexandre Padilha, também foi otimista. Ela apresentou dados com taxas de sucesso do governo nas votações no Legislativo. Os líderes do governo, porém, pediram que os ministros atuem mais com suas bancadas no Congresso Nacional, mas o tom também foi de otimismo. O mais enfático nesse sentido foi o líder do governo no Senado, Jacques Wagner.
Eleições
Lula aproveitou sua fala final para alertas sobre procedimentos dos ministros durante as eleições. Defendeu uma espécie de pacto de não-agressão entre aliados. O exemplo de São Paulo foi dado pelo presidente. Na capital paulista, o vice-presidente Geraldo Alckmin apoia Tabata Amaral e ele Guilherme Boulos. Também pediu para que haja defesa do governo quando criticado e que as melhorias do governo sejam comunicadas.
Temas internacionais foram abordados pelo chanceler Mauro Vieira, que disse que rompeu com a Nicaragua e que a democracia está acima de tudo. Sobre Venezuela, disse que é preciso aguardar as atas para avaliar se houve ou não lisura. E disse ser importante fazer essa interlocução com os dois lados para solucionar o país.