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    Calamidade e gestão de Melo marcam 1º debate na TV em Porto Alegre

    Maior parte dos assuntos abordados ao longo do debate passou pela reestruturação da capital gaúcha

    Manoela Carluccicolaboração para a CNNIsadora Airesda CNN , São Paulo e Porto Alegre

    Candidato à reeleição, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), foi o principal alvo de seus adversários na disputa pela capital gaúcha em debate realizado nesta quinta-feira (8).

    Maria do Rosário (PT) e Juliana Brizola (PDT) proferiram críticas à administração do atual prefeito em suas participações no encontro, promovido pela TV Bandeirantes. Essa foi a segunda vez que os candidatos a prefeito se encontraram nessa campanha.

    Ao longo do debate, pautas como reestruturação da cidade, enfrentamento às enchentes e atenção à população mais afetada pelas chuvas serviram como gancho para críticas à atuação de Melo, no início do ano, quando fortes chuvas atingiram e assolaram o Rio Grande do Sul.

    O prefeito afirmou, por sua vez, que não entrou “nessa eleição para buscar culpados e fazer acusações”.

    Escolhida de Melo

    O candidato à reeleição elegeu como principal oponente na sabatina a candidata Maria do Rosário.

    Ao mesmo tempo em que era criticado por ela, condenava a atuação do governo federal. de Lula (PT) – apoiador da chapa Rosário na disputa – nos projetos de auxílio ao estado durante o período de chuvas. Dizendo que o “governo federal não está fazendo sua parte como deveria fazer” e que o “tempo da cidade é um e o tempo do Brasil é outro”.

    Também aproveitou o momento para destacar suas ações como prefeito.

    “Quero lamentar profundamente esse oportunismo com a questão da enchente. Enquanto muitos voluntários ajudavam, tinha gente pensando em eleição. Eu sou prefeito, foram muitas noites sem dormir”, disse.

    Em contraponto, Rosário afirmou que o “governo do presidente Lula desde o primeiro momento esteve no Rio Grande do Sul” e que Melo estava “transferindo responsabilidades”.

    Reestruturação de Porto Alegre e pautas cotidianas

    A maioria dos assuntos abordados ao longo do debate passou pela reestruturação da capital gaúcha. Quando se falou em educação, saúde e segurança, se falou também nas consequências decorrentes das enchentes em cada um desses temas.

    As candidatas Maria do Rosário (PT) e Juliana Brizola (PDT) destacaram o tema educação. Ambas afirmaram que, se eleitas, promoverão projetos de incentivo à permanência dos estudantes nos estudos, ampliação de vagas em creche e também de recuperação para as escolas mais afetadas.

    Ao ser questionada sobre questões que envolvem a segurança pública, Rosário disse que quer “transformar cada escola e o entorno delas em uma área de segurança integral”

    Mais ao final do debate, Brizola diz ter ficado “indignada” ao ver os “números trazidos por Melo. Não é a cidade que estamos vivendo. A realidade é diferente” e aproveitou para comentar sobre corrupção, algo que “não deixará” acontecer em seu governo.

    “Vou me responsabilizar por todos aqueles que forem escolhidos por mim”, garantiu.

    Já o candidato Felipe Camozzato (Novo) enfatizou a necessidade de atualização dos sistemas de proteção às chuvas de Porto Alegre. “Me preocupa muito que estamos e estivemos desprotegidos há muito tempo sem nos darmos conta disso”, afirmou.

    Também comentou, quando questionado pelo atual prefeito sobre mobilidade urbana, que acredita “num modelo de cidade mais compacta, onde as pessoas possam morar mais perto e caminhar entre os lugares”.

    Sebastião Melo (MDB) lamentou toda a tragédia em decorrência das chuvas, mas disse sempre que sua gestão atuou e vem atuando com prontidão. Aproveitou para agradecer os trabalhos de voluntariado durante o período de enchente.

    A disputa pela Prefeitura de Porto Alegre tem outros dois candidatos — Carlos Alan Rosa de Castro (PRTB) e Fabiana Sanguiné (PSTU) —, mas eles não foram convidados por não terem a representação mínima no Congresso.

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