Soltura de Silvinei Vasques reacende expectativa de aliados e advogados de Filipe Martins
Ex-assessor de Bolsonaro completa nesta quinta-feira seis meses de prisão e é investigado por participação sobre planejamento de golpe de Estado
A revogação da prisão preventiva do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques reacendeu a expectativa para a soltura de outro aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): Filipe Martins.
Nesta quinta-feira (8), o ex-assessor especial de assuntos internacionais completa seis meses preso. Ele foi um dos alvos da operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022.
Aliados e integrantes da defesa de Martins ouvidos pela CNN avaliam que, assim como Silvinei, o tempo de detenção do ex-assessor não é mais justificável.
Internamente, o entorno do ex-assessor acredita ainda que a prisão por tempo prolongado tem como objetivo viabilizar um acordo de delação premiada.
A prisão de Martins foi baseada no argumento de que ele teria saído do Brasil a bordo de um avião presidencial em 30 de dezembro de 2022 com o então presidente Jair Bolsonaro.
Sem a localização exata do ex-assessor, os investigadores sustentaram a prisão sob o argumento de risco de fuga do país.
Advogados, no entanto, alegam que as provas são frágeis e que a prisão do ex-assessor é injustificada.
Ao longo dos últimos meses, a defesa reuniu –e encaminhou ao STF– fotos de Martins no Brasil, registros de entrada e saída dos EUA, além de dados de geolocalização da operadora de telefone mostrando que ele não saiu do país.
Por duas vezes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou pela soltura de Martins, mas não houve decisão de soltura por Alexandre de Moraes.