Perda de peso: veja 5 mitos populares e perigosos para a saúde
Falta de orientação profissional e busca por resultados rápidos frequentemente levam a escolhas inadequadas
A busca pela perda de peso é difícil e exige muito no dia a dia. Por isso, algumas pessoas acabam seguindo mitos populares e adotando práticas que prometem resultados rápidos e parecem eficientes à primeira vista, mas que, na verdade, podem causar danos à saúde trazer consequências negativas a longo prazo. Confira abaixo cinco desses mitos perigosos.
“Acredito que muitos desses mitos e loucuras para perda de peso existem, principalmente, por conta de as pessoas procurarem o jeito mais fácil e rápido para emagrecer, muitas vezes influenciadas pela comparação excessiva nas redes sociais e métodos também ensinados por lá”, destaca Daniel Tenório, nutricionista clínico do Hospital Nove de Julho.
Além de dietas da moda, a execução de atividades físicas sem orientação profissional pode não apenas comprometer a perda de peso desejada, mas a saúde geral.
“Além de entender que não é o peso na balança que indica o sucesso do emagrecimento, mas, sim, a composição corporal completa. Afinal, se um indivíduo perde dez quilos na balança, será que esses dez quilos foram de gordura corporal?”, indaga o nutricionista.
A CNN consultou especialistas que destacam os erros mais comuns e perigosos na tentativa de emagrecer. Eles também citam quais são duas técnicas que funcionam realmente.
1 – Só a redução de calorias já é suficiente para a perda de peso
Mito. Segundo a endocrinologista Maria Fernanda Pinheiro, endocrinologista do laboratório Sérgio Franco, para conseguir um emagrecimento saudável e sem perda de massa magra, é preciso aliar a prática de atividades físicas regulares à redução de calorias nas refeições.
“Muita gente acaba deixando de lado as atividades físicas porque a dieta traz resultados mais rápidos na balança. Mas ambas são importantes, não só para a manutenção da dieta, como para a saúde em geral”, explica.
2 – Fazer jejum intermitente ajuda a emagrecer
Mito. Embora o jejum intermitente possa levar à perda de peso em algumas pessoas, isso ocorre principalmente porque acabam comendo menos. “É essencial ter acompanhamento profissional para garantir que todas as refeições sejam nutritivas e equilibradas”, alerta Pinheiro.
Tenório complementa que a eficácia do jejum intermitente depende de uma execução adequada, com uma dieta personalizada.
3 – Pessoas com problemas na tireoide sempre terão dificuldade de perder peso
Mito. “Desde que as dosagens dos hormônios da tireoide estejam dentro do normal, o metabolismo se comporta igual ao de um indivíduo normal”, afirma Pinheiro. Isso significa que, com o tratamento adequado, pessoas com hipotireoidismo podem, sim, perder peso de forma saudável.
4 – Cortar carboidratos de uma vez por todas ajuda a emagrecer
Mito. Cortar carboidratos pode levar à perda rápida de peso, mas não de maneira saudável.
Pinheiro adverte que dietas restritivas podem causar carências nutricionais e forçar o corpo a utilizar proteínas e gorduras como fontes de energia, resultando em perda de massa muscular e outros problemas de saúde. “Dietas milagrosas que eliminam grupos alimentares inteiros devem ser evitadas”, ressalta.
5 – Suplementos e vitaminas funcionam para todos da mesma forma
Mito. A endocrinologista enfatiza que cada caso é individual e deve ser orientado por um médico. “Quem quer emagrecer não precisa necessariamente tomar suplementos, a menos que tenha alguma deficiência nutricional que não possa ser corrigida pela alimentação.”
6 – Aumentar o consumo de água pode favorecer o emagrecimento
Verdade. O consumo de água facilita a digestão, impede a constipação intestinal e ajuda na saciedade. “Para adultos, recomenda-se cerca de dois litros por dia, mas o ideal é consultar seu médico para avaliar suas necessidades específicas”, aconselha Pinheiro.
7 – Alimentos com mais fibras ajudam no controle do peso
Verdade. Alimentos ricos em fibras aumentam a sensação de saciedade, permanecendo por mais tempo no estômago. “No entanto, é preciso atentar-se aos valores nutricionais e às quantidades recomendadas desses alimentos”, orienta a endocrinologista.