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    Análise: Brasil assume papel de potência protetora na crise venezuelana

    Analista Fernanda Magnotta destaca o pragmatismo da diplomacia brasileira ao representar interesses argentinos na Venezuela, em meio a tensões políticas

    Da CNN

    O Brasil assumiu recentemente um papel incomum no cenário diplomático internacional ao se tornar a “potência protetora” dos interesses argentinos na Venezuela. Esta movimentação ocorre em um momento de crescente tensão entre os governos de Buenos Aires e Caracas.

    A analista de Internacional da CNN Fernanda Magnotta diz que este tipo de arranjo, embora não seja comum, acontece em “situações atípicas em que a escalada do conflito torna o diálogo direto inviável”. A especialista ressaltou que o papel do Brasil vai além da mera “zeladoria dos prédios”, envolvendo serviços consulares e, principalmente, a transmissão de interesses entre os países.

    Magnotta destacou o pragmatismo da diplomacia brasileira neste contexto. “A gente está testemunhando um grande movimento que é clássico da história da política internacional, que é um movimento no sentido da busca por um certo pragmatismo apesar das idiossincrasias que às vezes os políticos, os partidos ou até os grupos mais significativos que ocupam o poder possuem”, afirmou.

    Este movimento pragmático foi evidenciado recentemente na Organização dos Estados Americanos (OEA), onde o Brasil se absteve em relação ao tema da Venezuela. Segundo Magnotta, a postura brasileira reforça a ideia de manter o diálogo aberto, independentemente das opiniões sobre o governo de Nicolás Maduro ou a oposição venezuelana.

    Histórico de potências protetoras

    A analista também traçou um paralelo histórico, lembrando que países como Suíça e Suécia frequentemente desempenham esse papel de potência protetora. No caso específico da Venezuela, os Estados Unidos já recorreram à Suíça em 2019 para representar seus interesses após a deterioração das relações diplomáticas.

    O Brasil também tem experiência nesse tipo de situação. Em 1982, durante o conflito das Malvinas, o país representou os interesses argentinos no Reino Unido por oito anos. “Não é comum, mas de vez em quando acontece”, concluiu Magnotta, ressaltando a importância desses arranjos diplomáticos em momentos de crise internacional.

    Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.

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