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    Israel diz que matou chefe da ala militar do Hamas, Mohammed Deif

    Bombardeio ocorreu no mês passado e levou à morte de ao menos 90 palestinos em campo de refugiados

    Dana KarniJeremy Diamondda CNN*

    O exército israelense disse que um dos supostos mentores dos ataques de 7 de outubro, o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, foi morto em um ataque realizado no sul de Gaza no mês passado.

    A alegação da morte de Deif ocorre um dia após o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, ter sido assassinado na capital iraniana, Teerã.

    Um oficial militar israelense disse à CNN que recebeu novas informações nas últimas horas que lhes deram a confiança para confirmar que Deif foi morto, quase três semanas após o ataque em Khan Younis. O oficial se recusou a especificar a natureza dessa informação.

    Não houve nenhuma declaração imediata do Hamas. A CNN entrou em contato com o grupo militante para obter comentários.

    Uma declaração das Forças de Defesa de Israel afirma que havia conduzido um “ataque preciso e direcionado” em um complexo onde Deif e outro comandante estavam hospedados.

    Nas últimas semanas, oficiais israelenses disseram que tinham indícios de que seu ataque foi bem-sucedido, mas não conseguiram confirmar que ele foi morto até agora.

    O ataque contra Deif em Khan Younis no mês passado atingiu uma zona humanitária designada, matando pelo menos 90 palestinos. Imagens do campo de deslocados de Al-Mawasi mostraram corpos na rua e tendas destruídas.

    Uma figura elusiva e poderosa, Deif é visto como um dos arquitetos dos ataques de 7 de outubro. Ele liderou o braço armado do grupo militante palestino por mais de duas décadas.

    Israel declarou repetidamente que um de seus principais objetivos de guerra é eliminar o Hamas em Gaza. A morte de Deif o tornaria o oficial militar de mais alta patente do Hamas morto na faixa desde o início da guerra.

    Acredita-se que Deif tenha nascido na década de 1960 no campo de refugiados de Khan Younis, um dos vários campos desse tipo estabelecidos em Gaza no final da década de 1940 para palestinos deslocados que tiveram negada a liberdade de retornar para suas casas pelo recém-criado estado de Israel.

    Nascido como Mohammad Diab Ibrahim al-Masri, ele mais tarde ficou conhecido como “El Deif” ou “o Convidado” devido ao seu hábito de ficar em casas diferentes todas as noites por décadas para evitar ser rastreado e morto por Israel.

    Deif estava no topo da lista dos mais procurados de Israel por décadas, com Israel o responsabilizando pelas mortes de dezenas de seus cidadãos. Tanto os Estados Unidos quanto a União Europeia o colocaram em listas negras de terroristas.

    O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, saudou o anúncio como um “marco significativo no processo de desmantelamento do Hamas como uma autoridade militar e governamental em Gaza”.

    Em uma declaração no X, Gallant escreveu: “A operação foi conduzida de forma precisa e profissional. Esta operação reflete o fato de que o Hamas está se desintegrando e que os terroristas do Hamas podem se render ou serão eliminados”.

    “O establishment de defesa de Israel perseguirá os terroristas do Hamas – tanto os planejadores quanto os perpetradores do massacre de 07.10. Não descansaremos até que esta missão seja cumprida”, ele acrescentou.

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