Com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel do Exército Marcelo Ustra — primo do torturador da ditadura militar Carlos Alberto Brilhante Ustra — se filiou ao PL e vai concorrer a vereador em Porto Alegre.

Ele ainda não formalizou o pedido de registro de candidatura junto à Justiça Eleitoral, mas anunciou em suas redes sociais que vai disputar o cargo. “Um novo desafio da minha vida”, definiu, em uma das publicações.

Ustra tinha cargo no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Bolsonaro — e chegou a viajar com a comitiva do ex-presidente a Orlando, nos Estados Unidos, no final de 2022.

Na ocasião, Bolsonaro havia viajado para não ter que passar a faixa presidencial ao atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Logo nos primeiros dias do novo governo, Ustra foi exonerado.

Primo do candidato, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra foi um dos mais célebres torturadores do regime militar – foi chefe do DOI-Codi, divisão de repressão da ditadura, entre 1970 e 1974.

Bolsonaro o citou como o “terror de Dilma Roussef” ao votar pelo impeachment da então presidente, em 2016.

Em 2018, durante a campanha, mencionou o livro de Ustra como um favorito. Já presidente, em 2019, disse que o coronel foi um “herói nacional”.